HOJE NA HISTÓRIA

02 de Julho 1961

O escritor norte-americano Ernest Hemingway, Prêmio Nobel de Literatura em 1952, se suicida em Ketchum (EUA)

O escritor norte-americano Ernest Hemingway, Prêmio Nobel de Literatura em 1952, se suicida em Ketchum (EUA)

No dia 2 de julho de 1961, o escritor Ernest Hemingway matou-se com um tiro na cabeça. Seu trabalho literário e jornalístico e seu estilo de vida cheio de escândalos e aventuras o tornaram uma lenda ainda em vida.

Ernest Miller Hemingway nasceu em 21 de julho de 1899 em Oak Park, nas proximidades de Chicago, nos Estados Unidos, e é o mais famoso escritor de sua época.

Embora seu pai, médico, quisesse que ele seguisse a mesma carreira, desde cedo sentiu-se atraído pela literatura. Tanto que começou a escrever para o jornal The Kansas City Star quando ainda estava na escola, em 1917.

Na Primeira Guerra Mundial, tentou diversas vezes alistar-se na Marinha, mas foi rejeitado. Por fim, acabou sendo aceito como motorista de ambulância da Cruz Vermelha na Itália, onde foi ferido. Terminada a guerra, passou a morar em Toronto, no Canadá, onde prosseguiu a carreira de repórter. Em 1921, mudou-se para Paris, onde continuou exercendo a profissão.

Começou então a escrever suas primeiras obras: Três Histórias e Dez Poemas (1923), Em Nosso Tempo (1924), As Torrentes da Primavera (1926). O primeiro romance que lhe deu fama internacional foi O sol também se levanta, escrito em 1926 em Paris.

Neste romance, Hemingway retrata, em estilo direto e despojado, os conflitos e frustrações dos norte-americanos e ingleses que viviam em Paris após a Primeira Guerra Mundial.

Um ano depois, publicou a antologia Homens sem Mulheres, sua segunda coleção de contos, um marco importante na trajetória literária do autor. Em 1928, viajou para a Flórida, onde permaneceu dez anos. Ali escreveu, em 1929, Adeus às Armas, romance inspirado em suas experiências na Primeira Guerra Mundial. É uma de suas obras mais importantes e lhe trouxe fama mundial.

No livro, um sucesso de crítica e de público, Hemingway conta a história de amor entre um soldado americano e uma enfermeira britânica na Itália, durante a Primeira Guerra Mundial.

Entre literatura e jornalismo


Correspondente da guerra civil espanhola, em 1938, ao lado do capitão americano Milton Wolfe (à esquerda)

Hemingway escrevia de maneira simples e direta, tanto na construção lógica da narrativa como na estrutura das orações. Modesto e sucinto na prática de sua arte, refletiu na economia das palavras o compromisso dos repórteres da época em "mostrar" em vez de "contar". Este aspecto claramente jornalístico da ficção é comprovado no romance Morte na Tarde, de 1932. Na obra, o autor também expressou a sua grande paixão pelas touradas.

Das diversas viagens que fez pelo continente africano, narrou suas vivências em As Verdes Colinas da África (1935), As Neves do Kilimanjaro e A Curta e Feliz Existência de Francis Macomber (1938).

Envolvido em mais uma guerra

Com o início da Guerra Civil na Espanha, em 1936, Ernest Hemingway viajou para a Europa. Seu objetivo inicial era reunir argumentos para o filme Terra de Espanha, um documentário sobre a tragédia do país sob o fascismo. Envolvido pelo sangrento conflito, acabou defendendo os republicanos.

Com base nessa experiência, Hemingway escreveu a peça A Quinta Coluna (1938) e o seu romance mais longo, Por Quem os Sinos Dobram (1940), transformado mais tarde em filme, como outras obras suas.


Ernest Hemingway com Fidel Castro, de quem se tornou amigo, em 1960

Acabada a Guerra Civil, mudou-se com a terceira esposa para Cuba. Lá ficou amigo de Fidel Castro, permanecendo no país até 1959. Em 1952, havia escrito O Velho e o Mar, sendo-lhe atribuído o Prêmio Pulitzer de Jornalismo e o Nobel de Literatura em 1954.

Como correspondente de guerra da Marinha norte-americana, participou do desembarque dos Aliados na Normandia e da libertação de Paris, em 1945. A partir de 1951, sua vida de excessos, com aventuras, mulheres e álcool, sua saúde física e psicológica começou a degradar-se.

Abalado por depressões, mal conseguia escrever. Até que, em 2 de julho de 1961, seguindo a frase impressa em O Velho e o Mar – "Um homem pode ser destruído, mas não derrotado" –, acabou se suicidando com um tiro na cabeça.

Fonte: Deutsche Welle

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