HOJE NA HISTÓRIA
28 de Abril 1969
O presidente francês De Gaulle renuncia ao cargo, após eleitores rejeitarem, em um plebiscito, importantes reformas governamentais
Charles André Joseph Marie de Gaulle (22 de Novembro de 1890, Lille — 9 de Novembro de 1970, Colombey-les-Deux-Églises) foi um militar, político e estadista francês que liderou as Forças Francesas Livres durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde fundou a Quinta República Francesa em 1958 e foi seu primeiro Presidente de 1959 a 1969.
Um veterano da Primeira Guerra Mundial, nos anos 1920 e 1930 de Gaulle destacou-se como um proponente da guerra de blindados e defensor da aviação militar, que ele considerava um meio para romper o impasse da guerra de trincheira. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi promovido ao posto temporário de brigadeiro, liderando um dos poucos bem sucedidos contra-ataques de blindados durante a queda da França em 1940, e em seguida servindo por pouco tempo no governo francês quando a França estava caindo.
Retirou-se para a Inglaterra e proferiu um famoso discurso no rádio em junho de 1940, exortando o povo francês a resistir à Alemanha Nazista e organizando as forças francesas livres com oficiais franceses exilados no Reino Unido.
Durante a Segunda Guerra Mundial rivalizou com o general Henri Giraud na liderança das forças militares e da resistência francesa. Ao passo que o general Giraud tinha o apoio de Roosevelt e dos Estados Unidos, De Gaulle foi preferido pelos setores esquerdistas da resistência francesa, que preferiam a postura tão antiamericana quanto possível de De Gaulle, mesmo durante a Segunda Guerra Mundial.
Gradualmente obteve o controle de todas as colônias francesas - a maioria das quais tinham sido inicialmente controladas pelo regime pró-alemão de Vichy - e à época da libertação da França, em 1944, ele estava dirigindo um governo no exílio, insistindo que a França deveria ser tratada como um grande poder independente pelos outros aliados.
De Gaulle tornou-se primeiro-ministro do Governo Provisório Francês, renunciando em 1946 devido a conflitos políticos. Após a guerra, fundou seu próprio partido político, o RPF. Embora tenha se retirado da política em 1950, após a derrota do RPF em obter o poder, foi escolhido para voltar ao poder como primeiro-ministro pela Assembleia Francesa durante a crise de maio de 1958. De Gaulle liderou a redação de uma nova Constituição, fundando a Quinta República, sendo eleito Presidente da França, um cargo que passou a deter um poder muito maior do que na Terceira e Quarta Repúblicas.
Como presidente, Charles de Gaulle pôs fim ao caos político que precedeu o seu regresso ao poder. Uma nova moeda francesa foi instituída em janeiro de 1960 para controlar a inflação e o crescimento industrial foi promovido. Apesar de ter apoiado inicialmente o domínio francês sobre a Argélia, ele polemicamente decidiu conceder a independência àquele país, encerrando uma guerra cara e impopular, mas deixando a França dividida e tendo que enfrentar a oposição dos colonos brancos e dos militares franceses que tinham inicialmente apoiado seu retorno ao poder.
De Gaulle supervisionou o desenvolvimento de armas atômicas francesas e promoveu uma política externa pan-europeia, buscando independência das influências norte-americana e britânica. Retirou a França do comando militar da OTAN - apesar de se manter um membro da aliança ocidental - e duas vezes vetou a entrada da Grã-Bretanha na Comunidade Europeia. Viajou amplamente pela Europa Oriental e em outras partes do mundo e reconheceu a China comunista. Em uma visita ao Canadá, deu incentivo ao separatismo do Quebec.
Durante seu mandato, de Gaulle também enfrentou controvérsias e oposição política dos comunistas e dos socialistas. Apesar de ter sido reeleito como presidente, desta vez por voto popular direto, em 1965, em maio de 1968 parecia provável que perdesse o poder em meio a protestos generalizados de estudantes e trabalhadores, mas sobreviveu à crise com uma ampliação da maioria na Assembleia. No entanto, De Gaulle renunciou depois de perder um referendo em 1969, mas continua a ser o líder mais influente da história da França moderna. Sua política ideológica é conhecida como Gaullismo, tendo ainda muita influência na vida política francesa atual.
De Gaulle foi presidente da França entre 8 de Janeiro de 1959 e 28 de Abril de 1969, quando renunciou.
Um veterano da Primeira Guerra Mundial, nos anos 1920 e 1930 de Gaulle destacou-se como um proponente da guerra de blindados e defensor da aviação militar, que ele considerava um meio para romper o impasse da guerra de trincheira. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi promovido ao posto temporário de brigadeiro, liderando um dos poucos bem sucedidos contra-ataques de blindados durante a queda da França em 1940, e em seguida servindo por pouco tempo no governo francês quando a França estava caindo.
Retirou-se para a Inglaterra e proferiu um famoso discurso no rádio em junho de 1940, exortando o povo francês a resistir à Alemanha Nazista e organizando as forças francesas livres com oficiais franceses exilados no Reino Unido.
Durante a Segunda Guerra Mundial rivalizou com o general Henri Giraud na liderança das forças militares e da resistência francesa. Ao passo que o general Giraud tinha o apoio de Roosevelt e dos Estados Unidos, De Gaulle foi preferido pelos setores esquerdistas da resistência francesa, que preferiam a postura tão antiamericana quanto possível de De Gaulle, mesmo durante a Segunda Guerra Mundial.
Gradualmente obteve o controle de todas as colônias francesas - a maioria das quais tinham sido inicialmente controladas pelo regime pró-alemão de Vichy - e à época da libertação da França, em 1944, ele estava dirigindo um governo no exílio, insistindo que a França deveria ser tratada como um grande poder independente pelos outros aliados.
De Gaulle tornou-se primeiro-ministro do Governo Provisório Francês, renunciando em 1946 devido a conflitos políticos. Após a guerra, fundou seu próprio partido político, o RPF. Embora tenha se retirado da política em 1950, após a derrota do RPF em obter o poder, foi escolhido para voltar ao poder como primeiro-ministro pela Assembleia Francesa durante a crise de maio de 1958. De Gaulle liderou a redação de uma nova Constituição, fundando a Quinta República, sendo eleito Presidente da França, um cargo que passou a deter um poder muito maior do que na Terceira e Quarta Repúblicas.
Como presidente, Charles de Gaulle pôs fim ao caos político que precedeu o seu regresso ao poder. Uma nova moeda francesa foi instituída em janeiro de 1960 para controlar a inflação e o crescimento industrial foi promovido. Apesar de ter apoiado inicialmente o domínio francês sobre a Argélia, ele polemicamente decidiu conceder a independência àquele país, encerrando uma guerra cara e impopular, mas deixando a França dividida e tendo que enfrentar a oposição dos colonos brancos e dos militares franceses que tinham inicialmente apoiado seu retorno ao poder.
De Gaulle supervisionou o desenvolvimento de armas atômicas francesas e promoveu uma política externa pan-europeia, buscando independência das influências norte-americana e britânica. Retirou a França do comando militar da OTAN - apesar de se manter um membro da aliança ocidental - e duas vezes vetou a entrada da Grã-Bretanha na Comunidade Europeia. Viajou amplamente pela Europa Oriental e em outras partes do mundo e reconheceu a China comunista. Em uma visita ao Canadá, deu incentivo ao separatismo do Quebec.
Durante seu mandato, de Gaulle também enfrentou controvérsias e oposição política dos comunistas e dos socialistas. Apesar de ter sido reeleito como presidente, desta vez por voto popular direto, em 1965, em maio de 1968 parecia provável que perdesse o poder em meio a protestos generalizados de estudantes e trabalhadores, mas sobreviveu à crise com uma ampliação da maioria na Assembleia. No entanto, De Gaulle renunciou depois de perder um referendo em 1969, mas continua a ser o líder mais influente da história da França moderna. Sua política ideológica é conhecida como Gaullismo, tendo ainda muita influência na vida política francesa atual.
De Gaulle foi presidente da França entre 8 de Janeiro de 1959 e 28 de Abril de 1969, quando renunciou.
Abril
11
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