HOJE NA HISTÓRIA

24 de Junho 1170

Nasce São Domingos de Gusmão

Nasce São Domingos de Gusmão

São Domingos de Gusmão (Caleruega, Reino de Castela, 24 de junho de 1170 — Bolonha, 6 de agosto de 1221) foi um frade e santo católico fundador da Ordem dos Pregadores, cujos membros são conhecidos como dominicanos.

Filho de Joana de Aza e Félix de Gusmão, Domingos nasceu na zona de fronteira do Reino de Castela. Seus pais pertenciam à pequena nobreza guerreira, encarregue de assegurar as praças militares da fronteira com o sul dominado ainda pelos muçulmanos.

Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para Palência, tornando-se, após a conclusão dos estudos membro em 1196, do cabido da sua diocese natal, Osma.

Em 1203, o rei de Castela solicita ao bispo de Osma que este fosse negociar e trazer uma princesa da Dinamarca para se tornar esposa do seu filho, tendo Domingos sido companheiro de viagem do seu bispo, Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou para sempre impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da Europa do norte, tornando-se-lhe evidente que se tornava necessário ir evangelizar aqueles povos, em especial um com que certamente contatou, os cumanos.

Em 1205, Domingos e Diogo, para conclusão do objetivo inicial, realizaram nova missão ao norte da Europa, tendo também efetuado uma peregrinação a Roma e a Cister. No sul da França, junto a Montpellier, encontraram legados do Papa que pregavam contra as heresias dos Albigenses, ou Cátaros. Este grupo afirmava que dois princípios dividiam o Universo: o princípio bom, espiritual, e o princípio mau, material. O homem era a junção dos dois princípios, um anjo aprisionado num corpo. Seu objetivo era libertar-se do próprio corpo através da purificação espiritual. Eles proibiam o casamento e a procriação, porque era errado ajudar o demônio a aprisionar almas em corpos, por isso também incentivavam o suicídio, o aborto e a eutanásia, porque eram meios de acelerar a libertação da alma. Também negavam o direito do Estado punir criminosos e a validade dos juramentos. É preciso lembrar que na Idade Média os juramentos constituíam a base da confiança social. Negar a validade dos juramentos na Idade Média era tão grave quanto negar a validade da lei na sociedade moderna. Com essa ética rígida, é claro que os cátaros não ajuntariam muitos fiéis. Sendo assim, eles estabeleceram dois tipos de fiéis: os "perfeitos" e os "simples". Os perfeitos seguiam a ética cátara a risca, vivendo em comunidades isoladas. Os simples não tinham o dever de seguir qualquer código de conduta, e para ter a garantia de ir para o Céu bastava-lhes receber o "consolamentum", um tipo de extrema-unção. Em suma, a heresia cátara defendia uma moral dupla: a vida ascética para a minoria, e a libertinagem para a maioria, com a salvação obtida sem esforço. Por isso que tal heresia conquistou muitos adeptos. A Igreja demonstrou grande paciência antes de tomar medidas contra a ameaça cátara. De 1119, quando a heresia foi condenada no Concílio de Toulouse, até 1179, Roma se contentou em enviar pregadores para a região, sem obter muito sucesso. Diogo e Domingos, perante a evidência das dificuldades sentidas na missão dos legados papais, convencem-nos a adotar uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e mendicante, pois que os Legados, até aí, deslocavam-se com grande pompa, criados e riquezas. Os Legados deixam-se convencer, despachando para casa tudo o que fosse supérfluo, na condição que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem na missão. O que estes fizeram. O Papa Inocêncio III, descobrindo virtudes nesta nova forma de pregação, aprova a mesma e manda Diogo e Domingos para a “santa pregação”. Diogo, sendo bispo, por razão das suas responsabilidades e não podendo ficar muito mais tempo naquela região, regressou à sua diocese, falecendo pouco tempo depois. Domingos continuou na região, muitas vezes sozinho.

A pregação e o início da Ordem

Em 1206, um grupo de mulheres por si convertida do catarismo pedem-lhe apoio e ele encontra uma casa para elas morarem em Prouille, dá-lhes uma regra de vida, simples, de oração e reclusão, no que veio a ser a primeira comunidade religiosa dominicana de monjas de clausura. Domingos encarava esta comunidade como “ponto de apoio à santa pregação”, pois que aquelas religiosas, por intermédio da oração, seriam o apoio dos pregadores. Em 1208 encontra-se completamente sozinho na missão de pregar pelas localidades do sul da França. Em 1210 está na região de Toulouse, palco de violentos combates entre senhores feudais e heréticos cátaros.


Esta pintura do século XV por Pedro Berruguete mostra a lenda de São Domingos de Gusmão e seu opositor albigense disputante jogando seus livro no fogo. O de são Domingos teria, miraculosamente pulado do fogo.

Em 1214 está em Carcassonne onde assiste a duras batalhas entre as duas partes e onde começa a juntar um pequeno grupo de companheiros que com ele adotam a vida de pregadores itinerantes. No mesmo ano, torna-se pároco de Fanjeaux, localidade junto a Prouille e à sua comunidade feminina.


Casa de S. Domingos em Toulouse.

Em 1215, em Toulouse adota uma regra de vida para a sua comunidade de pregadores, obtendo a aprovação do Bispo local. No entanto, o seu objetivo era criar uma ordem religiosa que não ficasse restrita a uma local, a uma diocese, mas sim que tivesse um mandato geral, por forma a poder atuar em todos os territórios onde fosse necessário a evangelização. Dirige-se nesse mesmo ano a Roma, onde decorria o Concílio de Latrão por forma a obter o reconhecimento da sua Ordem. No entanto, o concílio, perante tantos e diferentes novos movimentos que surgiram um pouco por todo lado, e por forma a evitar a anarquia, decide proibir que sejam aceites novas ordens religiosas.

Aconselhado pelo Papa, e de regresso a Toulouse, Domingos e os seus companheiros estudam as várias Regras de vida religiosa já existentes e optam pela Regra de Santo Agostinho. Entretanto, o Papa Inocêncio III morre e Honório III torna-se Papa, sendo um admirador e amigo de Domingos e dos seus pregadores. Em 1216, Domingos volta a Roma com a sua Regra e a seu pedido, o Papa pede à Universidade de Paris o envio para Toulouse de alguns professores destinados ao ensino e à pregação. Entretanto, o Papa confirma a regra da Ordem dos Pregadores como religiosos “totalmente dedicados ao anúncio da palavra de Deus”. Logo após o reconhecimento da Ordem, Domingos envia os seus primeiros discípulos, dois a dois, a fundar novas comunidades em Paris, Bolonha, Roma e a Espanha. Domingos acreditava que apenas o estudo profundo da Bíblia poderia dar os meios necessários para uma pregação eficaz. Assim, envia os seus irmãos para as principais cidades universitárias do seu tempo, por forma a não só adquirem os conhecimentos necessários, como para agirem e recrutarem novos membros entre as camadas estudantis e intelectuais do seu tempo.

A fundação da Ordem

Em 1218 Domingos está em Roma, a visitar as novas casas, dirigindo-se depois para a Península Ibérica onde um dos seus primeiros companheiros, o português Soeiro Gomes tinha fundado algumas casas. No princípio de 1219, Domingos vai a Paris e posteriormente volta a Itália.

Em 1220 reúne em Bolonha o primeiro Capítulo da Ordem, fazendo-se algumas alteração às respectivas constituições canônicas, estando presentes dezenas de frades vindos de muitos pontos distantes da Europa. É adotado o modelo de governo democrático, pelo qual todos os superiores de casas são eleitos por todos os membros da comunidade. Em 1221 funda em Roma o convento de monjas de São Sisto e realiza o segundo Capítulo da Ordem no qual esta passou a estar organizada em províncias. O modelo democrático estende-se a toda a Ordem, mediante o qual para cada Capítulo Geral participam por direito os Priores Provinciais e delegados eleitos por todas as comunidades, sendo que o Mestre-geral da Ordem dos Pregadores é também eleito. São enviados irmãos pregadores para Inglaterra, Escandinávia, Polônia, Hungria e Alemanha.

Completamente desgastado pelo esforço, morre em 6 de agosto de 1221, em Bolonha. É canonizado em 2 de julho de 1234, em Roma pelo Papa Gregório IX.

Fonte: Wikipédia

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