HOJE NA HISTÓRIA

28 de Março 1907

Nasce Lúcia de Jesus dos Santos, a Irmã Lúcia, uma das três crianças que disseram ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria no início do século XX. Era a última vidente de Fátima

Nasce Lúcia de Jesus dos Santos, a Irmã Lúcia, uma das três crianças que disseram ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria no início do século XX. Era a última vidente de Fátima

Lúcia dos Santos (Aljustrel, Fátima, Ourém, 28 de março de 1907 — Coimbra, 13 de fevereiro de 2005), freira da Ordem das Carmelitas Descalças, conhecida no Carmelo como Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado e pela maioria dos portugueses simplesmente como Irmã Lúcia, foi, juntamente com os seus primos Jacinta e Francisco Marto (os chamados três pastorinhos), uma das três crianças que assistiram às aparições de Nossa Senhora em Fátima.

Biografia

Lúcia nasceu no lugar de Aljustrel, próximo de Fátima, filha de António dos Santos e de sua mulher (casados em Fátima, Ourém, a 19 de Novembro de 1890) Maria Rosa (6 de Julho de 1869) e irmã mais nova de sete: Maria dos Anjos, Teresa de Jesus Rosa dos Santos, Manuel Rosa dos Santos, Glória de Jesus Rosa dos Santos, Carolina de Jesus Rosa dos Santos e Maria Rosa.

Tinha dez anos e era completamente analfabeta quando alegadamente viu, pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Jacinta e Francisco Marto. Lúcia foi a única dos três primos que falava com a Virgem Nossa Senhora, sua prima Jacinta ouvia mas não falava e Francisco nem sequer ouvia as palavras de Nossa Senhora, e como tal era a portadora do Segredo de Fátima. Nos primeiros tempos, a hierarquia católica revelou-se céptica sobre as afirmações dos Três Pastorinhos e foi só a 13 de outubro de 1930 que o bispo de Leiria tornou público, oficialmente, que as aparições eram dignas de crédito. A partir daí, o Santuário de Fátima ganhou uma expressão internacional, enquanto a irmã Lúcia viveu cada vez mais isolada. Durante alguns anos ficou na Quinta da Formigueira em Frossos Braga, propriedade do bispo de Leiria D. José Alves Correia da Silva.

Em 17 de junho de 1921, o Bispo de Leiria, José Alves Correia da Silva, proporcionou a sua entrada no colégio das irmãs doroteias em Vilar, Porto, alegadamente para a proteger dos peregrinos e curiosos que acorriam cada vez mais à Cova da Iria e pretendiam falar com ela. Professou como doroteia em 1928, em Tui, Espanha, onde viveu alguns anos.

Em 1946 regressou a Portugal e, dois anos depois, entrou para a clausura do Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como carmelita a 31 de maio de 1949. Foi neste convento que escreveu dois volumes com as suas Memórias e os Apelos da Mensagem de Fátima. Em 1991, quando o Papa João Paulo II visitou Fátima, convidou a irmã Lúcia a deslocar-se ali e esteve reunido com ela doze minutos. Antes, já se tinha encontrado também em Fátima com o Papa Paulo VI.

Lúcia morreu no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos, no Convento Carmelita de Santa Teresa em Coimbra. O Papa João Paulo II, nesta ocasião, rezou por Irmã Lúcia e enviou o Cardeal Tarcisio Bertone para o representar no funeral. Em 19 de fevereiro de 2006 o seu corpo foi trasladado de Coimbra para o Santuário de Fátima onde foi sepultada junto dos seus primos, Francisco e Jacinta Marto.

Memórias

A 12 de setembro de 1935, os restos mortais de Jacinta Marto são trasladados para o cemitério de Fátima. Ao abrir-se a urna, verifica-se que o rosto da vidente se encontrava incorrupto. Tiram-se então algumas fotografias e o então Bispo de Leiria, José Alves Correia da Silva, remete algumas para Lúcia que se encontrava na altura em Pontevedra. Na carta de agradecimento, Lúcia evoca a prima com saudade referindo alguns factos sobre o carácter de Jacinta. Estas palavras levam D. José a ordenar-lhe que escrevesse tudo o que se recordava da prima. Assim nasce a "Primeira Memória da Irmã Lúcia" que fica concluída em dezembro de 1935.

Volvidos dois anos sobre a revelação dos factos relatados na "Primeira Memória", o Bispo de Leiria, convencido da necessidade de se estudar mais a fundo os acontecimentos de Fátima, dá ordens a Lúcia para escrever a história da sua vida e das aparições. A vidente obedece e redige, entre os dias 7 e 21 de novembro de 1937, o que fica conhecido como "Segunda Memória da Irmã Lúcia". Neste texto, a vidente revela pela primeira vez os factos ocorridos com as três visões do Anjo.

Em 26 de julho de 1941, o Bispo de Leiria escreve a Lúcia anunciando-lhe o livro "Jacinta" que estava a ser preparado pelo Dr. J. Galamba de Oliveira. Pede-lhe então para recordar tudo o mais o que pudesse lembrar sobre a prima, de modo a ser incluído nesta edição. Esta ordem cai no fundo da alma da vidente como um raio de luz, dizendo-lhe que era chegado o momento de revelar as duas primeiras partes do Segredo. Manifesta então a vontade de acrescentar à edição dois capítulos: um sobre o Inferno e outro sobre o Imaculado Coração de Maria. Estas revelações são escritas e concluídas em 31 de agosto de 1941. São posteriormente publicadas e conhecidas como a "Terceira Memória da Irmã Lúcia".

Surpreendidos com os relatos da "Terceira Memória", Dom José Alves Correia da Silva e Galamba de Oliveira concluíram que Lúcia não tinha dito tudo nas narrações anteriores e que ocultaria ainda algumas coisas. A 7 de outubro de 1941, a vidente recebe ordem para escrever tudo o que soubesse sobre Francisco e completar o que faltasse sobre Jacinta e descrever, com mais pormenor, as Aparições do Anjo e de Nossa Senhora. Lúcia entrega o manuscrito a 8 de dezembro de 1941 deixando claro que nada mais tem a ocultar exceto a Terceira parte do Segredo. O texto é depois publicado como "Quarta Memória da Irmã Lúcia" e nele a vidente escreve o texto definitivo das Orações do Anjo, acrescentando também ao segredo a frase «Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé etc.».

Beatificação

Em 14 de fevereiro de 2008, na Catedral de Coimbra em Portugal, o Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, por ocasião do aniversário da morte da "vidente de Fátima", tornou público que o papa Bento XVI, atendendo ao pedido do bispo Albino Mamede Cleto, de Coimbra, compartilhado com numerosos bispos e fiéis do mundo todo autorizou, excepcionando as normas do Direito Canônico (art. 9 das "Normae servandae"), o início da fase diocesana da causa da sua beatificação, transcorridos apenas três anos da sua morte.

Controvérsias

Existem rumores de que a irmã Lúcia foi substituída por uma impostora nos anos 50 com o objetivo de não pressionar o Vaticano a publicar o terceiro segredo de Fátima, o qual deveria ser revelado após sua morte ou no ano de 1960 e que continha um tema apocalíptico junto com a grande perda da fé que ocorreria após o Concílio Vaticano II.

A irmã Lúcia disse ao padre Fuentes, o qual a visitou pessoalmente que "Deus vai castigar o mundo e será de uma maneira terrível; a punição dos Céus é iminente".

O Bispo José Alves Correia da Silva pediu pessoalmente à irmã Lúcia para que escrevesse formalmente o terceiro segredo de Fátima, porém não o leu com medo da responsabilidade que viesse a ter se soubesse de tal segredo. Lúcia então fez o bispo prometer que "Deverá ser definitivamente aberto e lido para o mundo após sua morte ou em 1960, o que vier primeiro".

Indagada sobre o porquê de esperar o ano de 1960 para revelar o terceiro segredo, a irmã Lúcia respondeu: "Porque a Santa Virgem deseja que assim o seja".

O bispo, porém, faleceu em 1957, 3 anos antes da data prevista para a publicação do terceiro segredo.

No dia 8 de fevereiro de 1960, o Vaticano anunciou numa declaração à imprensa que o terceiro segredo de Fátima não seria revelado.

No dia 11 de outubro de 1962 foi iniciado o Concílio Vaticano II.

Segundo os testemunhos do Cardeal Ottaviani, do Bispo Venâncio e do Padre Alonso, Frère Michel e Frère François concordam em que o texto do Terceiro Segredo contém apenas 20 a 30 linhas: "(...) temos a mesma certeza de que as vinte ou trinta linhas do terceiro Segredo(...)".

O Bispo Venâncio olhou "para o envelope (contendo o Terceiro Segredo) que segurava contra a luz. Pôde ver dentro dele uma pequena folha, cujo tamanho exato mediu. Sabemos assim que o Terceiro Segredo não é muito longo, provavelmente 20 a 25 linhas...".

Em 1992, na entrevista feita à considerada Irmã Lúcia intitulada "Duas Horas com a Irmã Lúcia" ela afirmou que "Não é pretendido que o Terceiro Segredo seja revelado. Foi apenas destinado ao Papa e à hierarquia imediata da Igreja." E quando indagada sobre a questão do segredo dever ter sido revelado em 1960 ela respondeu: "Nossa Senhora nunca disse isso. Nossa Senhora disse que o segredo era destinado ao Papa."

Em 13 de maio de 2000, o Vaticano divulgou o suposto terceiro segredo de Fátima cujo tema fala sobre o assassinato de um Papa e de diversos clérigos e leigos por soldados. O segredo divulgado pelo Vaticano contém 62 linhas. O Vaticano interpretou o texto como referindo-se à tentativa de assassinato ao Papa João Paulo II.

Em 13 de maio de 2010, o Papa Bento XVI afirmou que "Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída."

Fonte: Wikipédia

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