Helena B. Juenemann
16/08/2016 | O Viajar com Crianças
Na agitação e correria dos aeroportos, rodoviárias e estações de trem, não há quem não se encante com a inocência de uma criança pequena puxando tranquilamente sua malinha. De mãos dadas com um adulto e, muitas vezes, com a mochila nas costas, impõe ao rostinho um ar sério e de importância como se naquele espaço diminuto levasse o mundo ao invés do bico, um brinquedo, uma muda de roupa. De qualquer forma, pronta para a viagem, arranca sorrisos, elogios e até abraços.
As crianças que viajam chamam atenção, revivem nos adultos a própria infância ou a lembrança dos netos, distribuem ternura. Porém, quando embarcam num vôo, são olhadas de lado, com apreensão e até receio. Lá longe, são lindas, fofas e queridas, mas ao chegarem perto, a coisa muda de figura. Paira no ar uma expectativa quanto ao futuro comportamento e o problema pode se agravar de acordo com a idade do infante. Ninguém imagina sentar ao lado de um bebê que se desmancha num choro estridente e a mãe, desesperada, não sabe mais o que fazer, ou mesmo de um maiorzinho mal-educado com pais permissivos que fazem com que umas boas palmadas fiquem sufocas no nosso pensamento.
A saída com crianças requer atenção, sensibilidade, psicologia e muita paciência. Nem sempre elas têm disposição, vontade e interesse para acompanhar a programação escolhida. O tempo delas é outro como a maturidade e a compreensão dos fatos. Um monte de pedras bem altas pode ser a descrição perfeita para a mais linda catedral gótica da Europa. O vestido da Branca de Neve, Cinderela ou Bela Adormecida, com o qual as meninas pequenas desfilam na Disneyworld, as transformam em princesas verdadeiras. E que ninguém se atreva a dizer o contrário que a briga será feia.
Hoje, com as promoções tanto de transporte como de hotelaria, as famílias têm viajado completas. Para alguns pais, as crianças são incluídas no roteiro por facilidade ou por não ter com quem deixar. Outros, no entanto, mais atentos e cuidadosos levam os filhos para complementar a educação, expandir horizontes, proporcionar um conhecimento que escola nenhuma tem condições de oferecer.
De qualquer maneira, viajar com uma criança é mostra-lhe o mundo. Mesmo de forma pueril e lúdica, concentra-se na maior oportunidade de abri-lhe portas à uma vida nova e mudar seu destino.
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