Helena B. Juenemann
12/10/2016 | Doze de Outubro
Doze de outubro é dia de festa, em alguns países, já que celebram eventos bastante significativos. Nesta data, Cristovão Colombo, em 1492, com as caravelas Pinta, Nina e Santa Maria, após deixar o porto de Palos, na Espanha, aportou na América. É feriado nos Estados Unidos e também há comemoração, junto às nações que falam a língua espanhola, devido ao Dia da Hispanidade.
O Brasil reverencia em romaria e oração, sua padroeira, Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem foi encontrada, por pescadores, em outubro de 1717, no fundo do rio Paraíba do Sul, no Porto Itaguacú, lá para os lados de São Paulo e Minas Gerais. A santa escura por estar envolta em barro, desde então, tem suportado, com amor e compaixão, as súplicas de um país inteiro que, combalido, pede dias melhores. É feriado no Brasil!
Apesar destes dois acontecimentos terem se tornado feriado por sua importância histórica e cultural, a data, no entanto, é e será eternamente lembrada como o Dia da Criança. Ao incrementar consideravelmente o volume das vendas de produtos destinados ao público infantil, desbanca, sem dúvida, qualquer outra comemoração, além de angariar forte apelo emocional. Torna-se, talvez, o único momento das crianças de todas as idades, etnias e classes sociais serem reconhecidas como seres de direito e respeito, receberem um pouco de consideração e serem acolhidas em sua pobreza, maus tratos, abusos, falta de saúde e educação. Isto sem falar na profunda carência afetiva que não encontra eco no mundo ocupado, atarefado e estressado de gente grande.
Mesmo que os adultos já tenham passado desta fase ou nunca se aperceberam da importância da primeira infância para o desenvolvimento emocional saudável de uma pessoa, cabe relembrar que cada um de nós, independente dos cabelos brancos ou das rugas que o tempo colocou no rosto, traz dentro de si, uma criança interior que, muitas vezes, esquecida e presa à amarguras, ressentimentos, culpa, mágoa e solidão, sofre e impede a visão de um mundo mais colorido, mais leve, descompromissado e feliz.
Se a criança interior não tiver atenção, amor ou, ao menos, um sopro de alegria e encantamento, não há viagem que satisfaça, que agrade, que possa trazer boas recordações! A agência de turismo, o guia, a rede hoteleira, o transporte, podem se arrebentar em ofertas e gentilezas que nada será suficiente. O problema está dentro, não fora.
Não vale à pena desperdiçar uma viagem! Cuide bem de sua criança! Infelizmente, o Dia da Criança ainda não é feriado!
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