Helena B. Juenemann
26/10/2016 | Viagens, Enem e Vestibular - mais semelhanças do que diferenças
A época, para muitos estudantes, é de tensão, ansiedade e expectativa já que as provas para o Enem iniciam dia 5 de novembro e exigem preparação acirrada, muito estudo e tremendo controle emocional. O vestibular está logo ali e o tempo passa veloz. Este exame, que deixa marcas profundas no inconsciente, traz, por si só, medo e inquietação e, dependendo do resultado, muda para sempre e, em caráter irrevogável, o destino de grande parte dos jovens brasileiros. Por melhor preparado que alguém possa estar, é difícil manter-se calmo, relaxado, com pensamento positivo. Quanto mais a data se aproxima, mais aumenta a angústia e o nervosismo. Então, tudo dói; o corpo reclama, enrijece, adoece... forma-se o caos. Prestar vestibular virou um desafio, um momento de autodomínio e superação, um ato de coragem!
Dentro desta ótica, somente alguém insano pensaria na possibilidade de criar um paralelo harmônico entre viagem e vestibular, situações aparentemente antagônicas. Viajar remete a tempo livre, descompromissado, a lazer, liberdade, alegria de viver e jamais a um período de estresse, ansiedade, cansaço e até desânimo. Qualquer viagem, por menor e mais simples que seja, é revestida de experiências que cristalizam-se em momentos únicos. Esquece-se nomes, rostos, paisagens, mas os acontecimentos que fizeram parte de uma viagem ficam gravados para sempre no inconsciente. Viagem é um pedaço de vida que jamais se esquece. Viajar quer dizer, também, apoderar-se de si, vencer medos e preconceitos e, mesmo acompanhado ou em grupo, libertar-se, romper as próprias amarras, andar sozinho.
Embora não pareça há um grande contingente de pessoas que ainda não viaja, não por motivos financeiros, mas, efetivamente, emocionais. Sempre elencam uma infinidade de justificativas para mascararem a realidade. Na verdade, nem todos conseguem suportar a separação dos filhos, das pessoas queridas e até dos pets, superar o medo de andar de avião, fazer a bendita mala, deixar a vidinha organizada e conviver com gente estranha em terras distantes. Infelizmente, numa hora de dificuldade ou quando o desânimo e o desespero tomam conta, nem sempre há calma e sabedoria para a solução do problema.
Com a proximidade da partida, é muito normal, bater uma série de dores. De repente, tudo dói; o corpo reclama, enrijece, adoece... forma-se o caos. E, tal como em um cursinho de vestibular, o passageiro também precisa ser acolhido, encorajado, ter uma preparação acirrada, para, ao manter o controle emocional, possa ter a coragem e as condições de vencer o maior de todos os desafios: a si mesmo. Só assim, muda seu destino.
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