Luiz Henrique Nuñez
22/03/2017 | Algumas coisas difíceis de entender no nosso futebol
Vou começar pelo caso Victor Ramos. Alguns comentários que ouvimos e lemos na mídia do Rio Grande do Sul, me surpreendem. No mínimo posso dizer que não concordo com que leio ou ouço. E muitas vezes estes comentários são feitos por pessoas e jornalistas, merecidamente, de grande reputação. Nosso país vive um momento de enorme turbulência, seja econômica, seja política. A corrupção atinge níveis assustadores e são inúmeras as operações de combate a esta praga que assola a nação. Cobramos e queremos um país diferente, com educação, segurança, direitos iguais e sobretudo, honesto, correto, cumpridor de regras e leis.
Me pergunto: porque para alguns, no futebol isto não vale? Deveríamos estar apoiando a iniciativa do Internacional de buscar na Suiça seus direitos. Deveríamos apoiar a coragem de um clube peitar a CBF e o próprio STJD. Falar mal da entidade maior do futebol no Brasil e seus dirigentes impedidos de viajar ao exterior é bonito, mas enfrentá-los é constrangedor, é mico, é vergonha e tudo o mais. Claro, as rivalidades e os interesses falam mais alto. Gremistas não querem perder a chance de ver o Inter jogar a Série B, outros não se importam com os ilícitos, se estes os favorecerem. Não tem esta de Tapetão! Tapetão é mudar regras para favorecer alguém. O que será julgado na Suiça, porque aqui se fizeram de cegos, surdos e mudos, é o cumprimento da lei, das regras. É verificar se a competição se desenvolveu de forma limpa. O Inter competiu mal? Sim. Talvez não tenha feito por merecer permanecer na 1a. Divisão? Sim. Não importa! Três outros times foram piores e um quarto parece ter se beneficiado de uma irregularidade para ser um pouquinho melhor. Vamos deixar os juízes isentos do TAS julgarem e vamos cumprir a lei. Só isto! Vale para nossa vida? Vale para o Brasil? Então que valha no futebol também.
Outra incoerência! Nesta quarta tem jogo em Erechim e este vale para o Gauchão e para a Recopa Gaúcha. Ora, o Inter é campeão gaúcho (Hexa!!) e também campeão da SuperCopa gaúcha. Pronto, resolvido. Deveria ser declarado campeão da Recopa e colocar mais esta taça nas galerias do Beira-Rio. Mas não, terá que disputar este troféu hoje e, pasmem, fora de casa! Isto mesmo, a vantagem é do Ipiranga (será?). OK, este título, para alguns, é de pouquíssima ou nenhuma importância. Não é sobre isto que estou refletindo. É sobre a incoerência. Fosse um super título e talvez acontecesse a mesma coisa.
Vamos aguardar! Que o mérito, a competência, a justiça se façam presentes. E quem sabe um dia, possamos discutir apenas futebol e não algumas outras coisas que por hora chamarei apenas de incoerências. E vamos ver quem ganhará/ganhou a Recopa do RS!!
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