Luiz Henrique Nuñez
26/03/2017 | Valeu só pelos três pontos
O Internacional entrou em campo hoje pressionado. Precisava vencer para não correr o risco de ficar de fora das etapas decisivas do Gauchão 2017. É incrível esta situação, estarmos na penúltima rodada da primeira fase, brigando para nos classificar entre os 8 (oito) melhores do campeonato regional, competição que estamos disputando para vencer pela sétima vez consecutiva.
Na minha modesta opinião, entramos em campo mal escalados, novamente. Não vou discutir a escalação ideal, para isto temos treinador, mas acho complicado o Nico Lopez não ser titular. E deve ter algo que não sabemos. O comportamento do atleta durante o intervalo, ficando sozinho no banco de reservas, aponta para algo anormal. Nico, além de não ter sido opção para iniciar o jogo, também não o foi para o decorrer da partida. Mesmo sendo um jogador veloz e com características de realizar um bom contra-ataque. Digo isso com preocupação, porque não acho que devíamos precisar jogar em contra-ataques. Nada contra nosso adversário, que devemos respeitar, mas o Inter é muito maior e igualmente melhor que o São José e não deveria sofrer pressão e depender de um eventual lance para decidir o confronto. Corremos, a exemplo do último jogo, riscos de cedermos o resultado no final da segunda etapa, quando uma vez mais, apareceu o excepcional Danilo Fernandes.
Não estando no dia a dia do clube é difícil entender alguns critérios, mas olhando de fora, não é fácil entender o que leva Zago a fazer algumas escolhas. Também acredito que depois de jogos pela Primeira Liga, Copa do Brasil e quase toda a primeira fase do Estadual, não devíamos creditar ao que aconteceu em 2016, a falta de melhores desempenhos de alguns atletas. Ou parece mera forma de justificar, ou desculpar, a baixa performance de alguns. Jogadores passaram por férias, pré-temporada, convivem com novos dirigentes, nova comissão técnica e vários novos colegas. Então achar que algum atleta profissional tem um mal desempenho por causa do ano passado me parece meio exagerado.
Muitas coisas foram e estão sendo modificadas no Beira-Rio. Vários profissionais foram dispensados. Várias coisas boas realizadas no passado recente foram simplesmente abandonadas. Precisamos agora abandonar o mais importante: o futebol irregular, aquele que não passa confiança aos torcedores, aquele que gera críticas dos setores especializados.
Vamos esperar que começando os jogos decisivos, as coisas finalmente comecem a mudar. Hoje valeu apenas pelos três pontos e a fuga da ameaça de não participar das fases que decidirão o Gauchão. Seria muito cedo para acabar o sonho do Hepta.
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