Luiz Henrique Nuñez
01/06/2017 | O gigante caiu de pé
Foi uma pena! Fizemos uma boa partida, chegamos a conquistar o placar que precisávamos, mas um gol sofrido aos 34 minutos do segundo tempo nos tirou da Copa do Brasil.
O Inter entrou em campo sob o comando de Odair Helmann, carinhosamente chamado por todos no Beira-Rio de Papito. Pois, sem tempo para treinos ou grandes mudanças, Papito fez o simples, escalou um time equilibrado e, certamente a base de muita conversa, com muita vontade de vencer. Odair é um grande profissional. O campeão olímpico ano passado, organizou e contagiou o grupo que logo no começo do jogo foi para cima do campeão brasileiro. Percebe-se que tem o respeito dos jogadores. As comemorações dos gols, em especial do D’Alessandro no primeiro e do Danilo Fernandes no segundo, mostram isso.
A partir de hoje começa a era Guto Ferreira. E o foco é todo na Série B. Não tenho uma opinião 100% fechada sobre Guto. Reconheço os bons trabalhos realizados recentemente. É clara sua evolução desde que saiu do Inter. Mas o peso da camisa vermelha e a responsabilidade, assim como as cobranças, são muito maiores no Internacional. Confio na escolha dos dirigentes. Eles têm mais informações e certamente optaram pelo Guto de forma muito criteriosa. Este foi uma escolha, já que haviam alternativas como Levir e Marcelo Oliveira no mercado. Treinador tem que ter respaldo. Acredito no bom trabalho do Guto e na volta à Série A sob seu comando.
Aliás, ouvindo a entrevista coletiva do presidente Marcelo Medeiros, não restou dúvida alguma desta escolha. Foram tantos os elogios ao Guto, à sua experiência em disputar a Série B, ao conhecimento que tem do clube e até ao fato de já ter trabalhado com boa parte desta diretoria, que cheguei a pensar se Guto não deveria ter sido procurado desde o começo. Talvez tivéssemos conquistado o Hepta e estivéssemos melhor colocados na tabela do brasileiro. Sem a necessidade de fazer troca de treinador já tão prematuramente. Mas Zago, igualmente, foi uma convicção. Não tenho dúvidas de que Guto Ferreira fará um trabalho muito melhor.
Embora hoje o assunto já não esteja sendo muito falado, vale um comentário sobre o caso dos e-mails adulterados. Sou colorado, tenho orgulho do meu clube em todas as situações e acredito na capacidade e honestidade de todos os envolvidos neste processo. Não é um caso de dirigentes políticos, do movimento A ou B. São vários profissionais reconhecidos pelo mercado que trabalharam e trabalham nesta questão. Querer diminuir a imagem de nosso clube, ou colocar qualquer suspeita na retidão destes profissionais é inadmissível. O Inter merece respeito. Vi muitos jornalistas e torcedores de vários clubes, inclusive colorados, julgando definitivamente um fato que ainda nem se sabe se será julgado. É incrível, que o fato gerador de tudo isto parece não importar. Se o jogador Victor Ramos estava bem ou mal escrito ninguém quis saber ou julgar. E por trás de tudo isto, uma Confederação, essa sim, cheia de suspeitas. Por favor! E porque ontem, no dia de um jogo de suma importância? Ao final do dia o presidente palmeirense desta confederação deve ter ficado feliz.
Por fim, o Gigante caiu de pé. O Inter é Gigante Sempre, slogan que lançamos ano passado e que alguns não entenderam. O Inter é gigante sempre sim! Na Série A, na B, dentro de campo, fora dele, em qualquer situação. E é gigante, principalmente por sua história, por ser o clube do povo do RS. Mas isto é assunto para outro dia. Presidente Medeiros, lhe faço um apelo. Já escrevi sobre isto. Sua missão é colocar o Inter na Série A e não na elite do futebol brasileiro. Na elite ele está, elite ele é e nunca deixará de ser.
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