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Luiz Henrique Nuñez

Não faltou apoio do torcedor para nossa estreia em casa na Série B. Não faltou otimismo depois da boa estreia diante do Londrina fora. Não faltou centroavante, Potker estreou com a camisa colorada. Faltou mais bola e sobrou decepção. Isso explica a vaia da torcida ao final e a irritação de muitos com nosso treinador.

Eu não sei se Zago treinou o time com 3 atacantes. Ele afirmou ao final ter treinado. A imprensa, em sua maioria, divulgou que o Inter jogaria com 2 atacantes e que Nico Lopez iria para o banco de reservas. Ao ouvir isto, fiquei, a exemplo de muitos, extremamente contrariado. Comecei a acreditar que Potker deveria ser titular e que Cirino seria seu companheiro, uma vez que este foi uma convicção de nosso vice de futebol, que fez o possível e o impossível para contratá-lo. O que se viu e ouviu após esta divulgação, foi uma enxurrada de críticas, de jornalistas e torcedores. O que o treinador fez? Para não retirar Cirino, escalou 3 atacantes, formação que não havia testado o suficiente, mas que agradaria a todos. Posso estar sendo muito injusto com Antônio Carlos Zago, mas esta possibilidade me passou pela cabeça.

Mas isto não foi o pior. Zago não percebeu que esta formação não estava legal e permaneceu com ela no segundo tempo. Já o experiente Geninho, treinador do ABC, fez correta leitura desta fragilidade colorada e voltou para o segundo tempo muito mais perigoso e com mais posse de bola. De 30% no primeiro tempo, o time do RN quase equilibrou as ações neste quesito na segunda etapa. 

Mesmo que Zago tenha dito que o adversário quase não atacou, era evidente o perigo de tomarmos gol. E aconteceu. Do otimismo por um resultado folgado, que nos isolaria na liderança, vimos nosso time empatar em casa, perder dois preciosos pontos e ocupar o quarto lugar na tabela. Próximo jogo é na distante Belém, com um adversário que está imediatamente atrás de nós na tabela e que fará de tudo para nos ultrapassar.

Não podemos dar mole. A Série B pode não ser a barbada que alguns dizem ser, mas francamente, temos que passar por ela sem grande sofrimento. É isto que todos os colorados com os quais converso, esperam. Para que isto ocorra, não temos que inventar e nem tentar agradar ninguém. Temos que treinar uma maneira de jogar, definir um time e focar, com a certeza que somos os melhores da competição e o time a ser batido.

Zago, ainda, tanto lembra de 2016, que a torcida o presenteou com uma movimentação que vimos acontecer algumas vezes ano passado. Protestos e gritos de adeus, pede para sair e outros não tão educados. Foram poucos é verdade. Que não se dê motivos para que aumentem em quantidade e volume.