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Luiz Henrique Nuñez

O título em forma de pergunta é porque não consegui perceber, ou ter certeza, de que o jogo de sábado mostrou evolução na forma de jogarmos. A nossa torcida também deve ter ficado com esta impressão, pois o primeiro tempo encerrou sob algumas vaias. Na verdade, o Náutico é muito fraco, e mesmo assim tomamos dois gols, um deles quando o time pernambucano estava com dez homens em campo. Guto precisa corrigir esta fragilidade, que não é de hoje, e parece não ser por causa dos jogadores escalados. Já foram inúmeras as diferentes escalações e continuamos tendo falhas.

Do meio pra frente, foi bem, fizemos 4 gols e podíamos ter feito mais 3. Na verdade, um fizemos. O gol anulado foi uma aberração. É o tipo de lance que merecia ser revisto em um monitor e ter a decisão de anular cancelada. Quem sabe um dia os homens que comandam o futebol não implementem esta regra já tão utilizada em outros esportes.

Entendo a decisão de dar para o Cirino a chance de bater um dos penaltis. Mostra parceria e vontade de dar moral para o colega. Mas não concordo com ela. Se temos um, ou dois, batedores “oficiais”, estes têm que bater todos. É o que eu penso. Ontem não fez falta. No futuro poderá fazer. Será que em 2016 não fez?

Confio no trabalho do Guto. Este sim é uma evolução em relação ao treinador anterior. Já ganhamos duas seguidas. Seguir vencendo irá aumentar a confiança de todos e tudo se tornará mais fácil. Não tenho dúvida alguma no retorno a Série A em 2018. Nosso time é muito superior aos demais.

Ouvi mais tarde o presidente Medeiros dizer que 2016 acabou. Que bom! Finalmente! Chega de relacionar ao ano passado qualquer coisa que não saia exatamente do jeito que os colorados querem.

Registro ainda dois assuntos conversados na mesma entrevista de nosso presidente. Fico feliz que Medeiros esteja valorizando e investindo na Rádio Colorada. Quando chegamos ao clube em 2015 esta estava completamente abandonada. A reconstruímos e deixamos uma estrutura fantástica pronta para ser usada. Que bom que ouve continuidade. Aproveito para parabenizar o profissional da Mídia Rogério Stnieski, que sempre foi um grande entusiasta deste projeto. Deve estar feliz. Parabenizo também ao Gerson Cruz, que comandou esta reconstrução.

O outro assunto que me chama a atenção é o enorme mistério em relação a negociação, ou não, do jogador William. O que tem de tão secreto que não é possível sequer afirmar que está vendido e quando vai embora. Para quem prometeu transparência na campanha, esta postura poderia ser diferente.

Ainda, vi algumas fotos de camisetas sendo vendidas por ambulantes na calçada do estádio. Deve ser muito difícil para quem investe e paga impostos, aluguéis e demais despesas para ter lojas oficiais no Beira-Rio, ter que conviver com esta concorrência. A venda de camisetas piratas, ainda mais no próprio estádio prejudica a todos. Aos lojistas, aos patrocinadores, ao fornecedor de material esportivo e ao clube. Deve ser evitada.

Vamos em frente. Saímos agora para dois jogos fora, contra equipes que estavam na Séria A. Duas vitórias seriam fantásticas para colocar as coisas definitivamente no rumo certo. Acredito que acontecerão.