Vininha F. Carvalho
27/04/2011 | Sinal verde para o ecoturismo!
O ecoturismo, agregado a consciência da estrutura necessária para sua prática, oferece uma rica diversidade cultural, resgatando o modo de vida de nossos ancestrais. Nos desperta o desejo de estarmos cada vez mais próximos da natureza, contemplando-a na sua plenitude.
O crescimento da demanda no mercado do ecoturismo demonstra o expressivo potencial natural e cultural existentes no Brasil. Mas, torna-se necessária a ordenação natural do meio ambiente, gerando recursos adicionais para garantir a preservação dos locais visitados.
O desenvolvimento do ecoturismo exige um planejamento que permita impedir o processo de degradação da natureza. Degradação esta, ocasionada por todos nós, seres humanos modernos, capitalistas e principalmente urbanos, através de uma grande produção de resíduos (lixo).
O Brasil, ainda não pode ser considerado como um país desenvolvido no ecoturismo. A Europa tem uma tradição e um trabalho avançado, sendo capaz de descobrir que fazer Ecoturismo priorizando apenas a beleza do litoral, não é o suficiente para o desenvolvimento deste segmento.
Há alguns anos, criaram um grande movimento com a participação de governos e ONG’s para treinar empresários do setor, guias, entre outros, para receber turistas e transformar suas riquezas naturais em um atrativo sustentável.
Calcula-se que o mercado mundial neste tipo de turismo seja da ordem de 8 milhões de pessoas, partindo dos E.U.A, 20 milhões da Europa e de 2 a 3 milhões saindo de outros continentes. Desse conjunto, de aproximadamente 30 milhões de turistas, o Brasil recebe menos de 1%.
A Amazônia, considerada como a grande estrela do país, uma das últimas reservas florestais do planeta, apresentando uma grande diversidade biológica e altos graus de endemismo da flora e da fauna, recebe menos de 0,16%.
A Costa Rica, por exemplo, um país menor que o estado de São Paulo, recebe 600 mil visitantes por ano para fazer ecoturismo, enquanto a Amazônia atrai somente 50 mil.
Em virtude de vários estudos realizados, constatou-se que o maior problema brasileiro é a falta de mão de obra qualificada, seguido pela falta de regularização fundiária das áreas de uso indireto e inadequada infraestrutura, exigindo do poder público uma ação imediata para proteger adequadamente estas áreas, cumprindo seu importante papel ecológico e social.
Outro fator, que influencia de forma negativa o desenvolvimento do ecoturismo brasileiro, é a importação de modelos de exploração de recursos turísticos e de conservação ambiental inadequadas para o país.
As condições fundamentais para que a atividade ecoturística se fortaleça, o grande desafio, é saber respeitar a comunidade local, preservar o meio ambiente e, principalmente gerar uma consciência ambiental no turista.
De acordo com informação divulgada pela Embratur, o ecoturista é aquele que viaja para ambientes ricos em paisagens e bens culturais, visando apreciar as belezas do lugar.
O especialista em ecoturismo, André Thuronyi, militante nesta área, vai mais longe na definição, ele diz: "o ecoturista é aquele que dispõe a pagar para manter e usufruir o contato direto com a natureza e costumes da região".
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