Vininha F. Carvalho
09/09/2015 | Os cães conquistaram um espaço especial na família moderna
Recentemente o IBGE divulgou uma pesquisa que revela que 44.3% dos domicílios brasileiros têm um ou mais cães em casa. Recentemente, a empresa DogHero divulgou uma pesquisa muito interessante, realizada com mais de 3.824 pessoas. A maioria do público entrevistado tem entre 25 e 35 anos de idade (42%), seguidos por indivíduos de 36 e 45 anos, com 22%, e por jovens entre 19 e 24 anos, com 16% de participação nas respostas.
Com o intuito de traçar um perfil mais detalhado desses domicílios e do relacionamento dos tutores brasileiros com seus animais, a empresa apurou informações como a situação do cão quando os responsáveis estão fora de casa, com quem ele fica durante o dia, origem do animal, como ele se alimenta e se dorme ou não junto com o responsável.
Sobre a quantidade de cachorros em cada domicílio, o levantamento mostra que aproximadamente 54% das pessoas vivem com mais de um cachorro em casa; 24% com dois animais; 10% com três; seguidos de 6%, que representam quatro cães ou mais. Desse total, 46% são comprados, sendo que 54% dos tutores optam pela adoção. Em relação à alimentação, 92% da dieta dos cachorros é composta pela ração, seguida da carne, legumes e vegetais, que representam 3%.
Quando perguntados sobre a rotina do cão, 38% das pessoas afirmaram passar o dia em casa com o animal. Outras 30% deixam-no sozinho em casa durante o dia e 28% não podem ficar em casa, mas deixam o cão sob a supervisão de uma terceira pessoa. Casas de amigos e familiares são a solução para 3% dos entrevistados, enquanto 1% deixa os cães em creches e serviços de day care.
No campo das curiosidades, a pesquisa também aponta que 43% dos brasileiros dormem na cama com seus cães frequentemente e 28% só de vez em quando. Os responsáveis também são antenados nas novidades do mundo pet: 82% acompanham mais de um blog ou site sobre animais, 47% das pessoas afirmaram sempre ter tido vontade de fazer uma festa de aniversário para os cães, sendo que 29% já fizeram festa, e 38% comemoram todos os anos.
Se no pais há mais famílias com cães do que com filhos, não é de se estranhar que um número cada vez maior de animais esteja viajando acompanhados de seus tutores para o exterior. Reflexo de uma mudança no comportamento e, também, no mercado, que estabeleceu algumas regras. Para quem deseja levar seu animal para uma viagem ao exterior, é necessário buscar informações com antecedência, há procedimentos diferentes para cada país, ou até mesmo por regiões. Por exemplo, na União Europeia é necessário um exame de sangue com resultado favorável para a eficácia da vacina de raiva. Sendo necessário aguardar 90 dias corridos antes do embarque, ou seja, se alguém quiser viajar com ou seu cão para a União Europeia vai ter que aguardar aproximadamente 100 dias.
Nos Estados Unidos é necessário providenciar um atestado de vacina com a vacina de raiva aplicada há pelo menos 30 dias. Um atestado de saúde emitido por veterinário com informações específicas que satisfaçam as exigências americanas (por exemplo, o cão deve estar livre de miiases). Preenchimento correto das guias e respeitar as datas de validades dos documentos. Encaminhar toda documentação para o Ministério da Agricultura que emitirá um documento internacional.
Na Itália, além do atestado de vacina, atestado de saúde, é preciso o preenchimento de guias, anexando um resultado de sorologia antirrábica (feito 90 dias antes da viagem) e implantação de microchip.
Com exceção dos cães e gatos, todas as demais espécies, segundo o veterinário Regis Patitucci, necessitam de um estudo entre vários órgãos, tanto do país de origem como de destino para a autorização de viagem. “É muito complicado o transporte internacional de aves, principalmente se forem silvestres, além de todo trâmite do ministério da agricultura, ainda é necessário preencher uma guia especifica que não é exigida para cães e gatos (GTA guia de transporte animal) e uma autorização especial emitida pelo Ibama”, conclui.
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