Vininha F. Carvalho
25/05/2011 | A posse responsável dos animais é um compromisso com a vida
A irresponsabilidade na posse dos animais não é privilégio das classes menos favorecidas. Alguns moradores da favela, até procuram amenizar o problema dos animais abandonados, os adotando e levando para a comunidade.
A aplicação de uma política nacional que vise controlar a superpopulação, implantando leis que especifiquem as responsabilidades do dono, somada a um eficiente trabalho desenvolvido pela vigilância epidemiológica, garantiria uma qualidade de vida á todos. A falta de união entre as associações protetoras, clínicas veterinárias e órgãos públicos permitiu que a população canina brasileira ultrapassasse os 5 milhões de animais, limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
Para controlar o risco de doenças e ataques, o correto é a presença de um cão para cada dez habitantes. Na cidade de São Paulo, existe 1,3 milhão de cães, o equivalente a um por oito habitantes. Os Estados do centro-oeste tem a média de dois cães para cada dez pessoas. Os Estados do sul são os únicos adequados a recomendação da OMS.
Existe um mito que todos os cães devem procriar pelo menos uma vez para que eles permaneçam sempre saudáveis. Na realidade, a fêmea esterilizada reduz a chance de desenvolver câncer de mamas e infecções no útero e os machos de se envolverem em acidentes de trânsito, brigas e mordeduras. O macho não castrado torna-se mais violento e propenso ao ataque e a transmissão de doenças contagiosas.
A cada criança que nasce, nascem 15 cães e 45 gatos. Numa estimativa aproximada, a cadela no prazo de 6 anos gera indiretamente 64 mil filhotes e a gata, em 7 anos gera 420 mil novos seres. O número de animais abandonados, não é maior porque muitos morrem precocemente.
Os abrigos não representam a melhor opção e, sim uma forma de armazenar o problema, sem poder nem a curto ou longo prazo encontrar uma solução .
Adotar um animal exige responsabilidade do dono e um compromisso com a vida deste ser indefeso. O abandono precisa ser encarado como um ato desprezível. O trato dispensado ao animal deveria caracterizar o perfil do caráter da pessoa. Quem o maltratasse deveria ser marginalizado pela sociedade.
Somente o idealismo não é suficiente para encontrarmos o melhor caminho. Precisamos agir e cobrar um programa humanitário nas escolas, uma campanha de conscientização para que a população saiba como evitar a procriação e a comercialização indiscriminada de filhotes.
Os animais não podem pagar com a vida o preço da incoerência humana. No passado, os trouxeram para nossa sociedade e hoje não querem assumir a consequência deste ato. Toda posse deve ser responsável. Não ignore teu amigo!
Lembre-se : 4 de Outubro é comemorado O Dia Nacional de Adotar um Animal, abrace esta ideia!
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