Eduardo Fochesato
15/03/2013 | Ser desenvolvedor no Brasil
Esses dias, fazendo uma pesquisa rotineira na internet deparei-me com um artigo que dizia que o ano de 2012 seria (ou é), devido a vários motivos que não se fazem necessários citar aqui, o ano dos desenvolvedores no Brasil. E quando falo em desenvolvedor aqui, para deixar bem claro, refiro-me aquele cara capaz de codificar, ao computador, um problema existente em uma solução pratica e eficaz, alguém com cursos e conhecimentos na área e não aquele cara que acorda um belo dia sem nada pra fazer, vai na internet, baixa um código pronto, da uma olhada e logo se intitula exímio programador (e esses tem aos montes ai!). Enfim, o fato é que tal citação inspirou-me a escrever um artigo para você futuro colega, que hoje está interessado em iniciar na área de desenvolvimento, tem muita força de vontade, mas ainda não sabe como e deve estar se perguntando agora: “Como será que esse cara começou?”.
Pois bem, o que ocorre é que se hoje entrar numa área que recentemente foi apontada pela revista Veja como uma das onze áreas de TI mais valorizadas já é, por si só, uma tarefa complicada, imagine você como era a quatorze anos atrás? Acredite; encontrar uma boa vaga, numa época em que a programação não tinha toda a evidência que tem hoje, era mais ou menos como achar uma agulha no palheiro… Eu mesmo, depois de muito procurar, acabei desistindo (isso mesmo!) e fazendo um estágio na empresa da minha própria mãe, que precisava de um programa de gerenciamento e aproveitou o filho “informata” para isso. E, pensando bem, agora, embora eu tenha cometido um grave erro de praticamente me colocar na tangente do mercado de trabalho na época, essa foi minha primeira experiência e serviu-me para aprender a gatinhar e dar os primeiros passos na área.
Além disso, olhando para trás, aprendi o quanto minha falta de paciência e inexperiência me custaram caro com o passar dos anos. Isso porque depois de fechar a porta mais fácil de entrada no mercado e, basicamente, me encontrar exilado e ainda sem experiência alguma, restou-me a consolação de continuar na área administrativa onde já trabalhava e paralelamente assumir a área de suporte na empresa. E, ironicamente, assim foi por anos, trocando de empresa, uma a uma, mas sempre trabalhando no administrativo e resolvendo os problemas de TI conforme apareciam pela frente, até que, finalmente e pra resumir, em meados 2005 arrisquei-me a aproveitar o horário fora do emprego para oferecer o serviço de desenvolvimento de sites e, mesmo que tecnicamente pela porta de trás, a afinal entrar de vez e de cabeça na área.
Dos sites simples que eu já fazia para sites que exigiam cadastros e controles mais apurados foi questão de tempo e dai para os tão sonhados sistemas web, um pulo, mas ainda assim sentia que havia uma lacuna no meu currículo e na minha carteira de trabalho, faltava estar oficialmente no mercado, ser alguém na área e ser reconhecido como tal, o que, aliás, só veio acontecer anos mais tarde, em 2010, e ainda assim com a ajuda de uma amiga formada em jornalismo e análise de sistemas que, agregando ambos os conhecimentos e utilizando-se do melhor das duas áreas, ajudou-me a refazer o meu curriculum vitae de “Sr Administrativo”, transformando-o no de “o cara do TI que você realmente precisa!”, se é que me entende…
E foi assim, caro leitor e futuro colega (assim espero) que, como eu um dia, esta começando agora, que entrei definitivamente neste competitivo, estável e crescente mercado do desenvolvimento de software para nunca mais sair (se o Deus da Tecnologia assim o quiser e o mercado de TI assim me permitir).
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