Siga-me

Eduardo Fochesato

Anos já se passaram desde a invenção do computador e muita coisa aconteceu… As máquinas diminuíram de tamanho e hoje já podem ser carregadas para qualquer lugar, sem falar que o poder de resolução de problemas e o número de atividades fins aumentaram consideravelmente desde então.
O fato é que o computador, que começou como uma máquina enorme e grotesca que ocupava uma área equivalente a aproximadamente uma sala de 180m2 (você consegue imaginar isso?) e não conseguia executar operações mais complexas do que uma simples calculadora de bolso pode executar hoje em dia (só????), tornou-se gradualmente indispensável no nosso dia a dia, estando presente desde nossas tarefas mais simples como efetuar um calculo (pobre calculadora) até rotinas mais complexas como controles, gerenciamentos e organizações em geral.
Deixando tamanho salto de lado e voltando nossa atenção alguns anos atrás, quando autoridades ditas experts e inquestionáveis no ramo como Bill Gates, achavam impossível o computador chegar até onde chegou, nós já víamos o fascínio que essa máquina causava nos seres humanos.
De escritores como Mary Shelley à cineastas como Stanley Kubrick, já se vislumbrava idéias futuristas de robôs e computadores inteligentes o suficiente para não só viverem por conta própria, como também pensar e resolver problemas sem a ajuda de ninguém.
Alias desde Frankenstein, o famoso robô criado por um cientista maluco que podia andar, agir e pensar por si mesmo, o maior tabu e, porque não dizer, desafio da humanidade é justamente buscar métodos ou dispositivos computacionais (lê-se máquinas) que possuam ou simulem a capacidade racional humana de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente.
Muitas análises, estudos e testes tem sido feitos desde então, mas a grande verdade é que, apesar de todo esforço e força de vontade dos cientistas, muito pouco se evoluiu nesse sentido até agora.
Se por um lado computadores são capazes de derrotar humanos em jogos de xadrez ou em programas de perguntas e respostas, por outro não conseguem ir muito além do que sua programação lhes dispõem e permitem, ficando muito aquém do que seus co-irmãos cinematográficos chegaram.
Contudo é fato, também, que a computação é uma ciência altamente mutável e dinâmica, onde a evolução é atípica e inevitável, e que a mesma computação nos conduz a um futuro “certamente” incerto, onde tudo é possível, aliás, por isso mesmo, um prato cheio para a fértil imaginação humana sedenta por novidades.
Talvez por isso já presenciamos em livros e filmes tantas máquinas fantásticas ultrapassando e subjugando os homens que as criaram, de nada adiantando elaborar regras ou métodos de defesa para que isso não acontecesse.
Aliás, talvez ai, o grande fascínio cinematográfico do negócio, afinal medo e descoberta andam sempre juntos, não é mesmo?
Todavia, no melhor estilo “o tiro saiu pela culatra”, se existe o grupo de pessoas que apoiam as pesquisas nesta área visando resultados mais próximos aos vislumbrados pelos cinéfilos, há também outro dos que morrem de medo só de imaginar uma era onde a criatura ultrapassa o criador (seria uma reedição moderna de homem x Deus?) e o transforma em seu escravo dominado (qualquer semelhança com o Exterminador do Futuro não é mera coincidência!!!).
Enfim, em meio a tantos desejos e conflitos, o que existe de real e palpável mesmo é que o progresso nessa área de pesquisa tem sido gradual e lento e, embora tenha surtido efeito em diversas outras áreas como a de jogos digitais e a de diagnósticos médicos, ainda estamos muito longe de encontrarmos computadores tão inteligentes como nós que possam vir a se tornar os novos donos do mundo, ou mesmo, em uma realidade não tão horrível e traumática, possamos dividir espaço amigavelmente com computadores “pensantes” como o Hall 9000, “homens bicentenários” e/ou até robôs com vida própria que desejam se tornar humanos como nós…