Espaço do leitor
23/05/2016 | Viagem Bem Aproveitada
Viajar é caro, o tempo curto, as férias escassas. Tirando as viagens profissionais, há roteiros para todos os gostos e idades. Da busca pela natureza, cultura ou puro consumismo, cada viagem traz implícita a ânsia de ser aproveitada ao máximo, de não se perder absolutamente nada em relação a passeios, curiosidades e compras, essas sempre impulsionadas pelo arroubo das pechinchas e dos descontos. Quanto maior o peso da mala e o número de países visitados, mais proveitosa torna-se a viagem. Neste caso, o custo-benefício está muito mais relacionado ao que foi visto e comprado do que o que realmente foi aprendido, descoberto e vivenciado.
Não se pode esquecer que muitas viagens são organizadas para suprir objetivos determinados, como campeonatos esportivos, feiras gastronômicas, apresentações culturais, festas religiosas, cursos de pós-graduação, entre tantos outros. Assim, encontram-se os mais diversos roteiros que podem incluir desde a presença num show de rock, em São Paulo, à participação num campeonato de surf no Havaí, à visita a um dos mosteiros nas escarpas do Tibete até um congresso de tecnologia no Vale do Silício. A meta sendo atingida, não importa o gasto de tempo e dinheiro, o passageiro, normalmente, retorna satisfeito e comenta, com orgulho, suas proezas.
Há, no entanto, viagens que nos surpreendem. Quer seja para lugares exóticos, praias desertas ou cidades trepidantes, quer seja por acontecimentos banais e corriqueiros. O encontro, por acaso, com um velho amigo em terras distantes, o hotel melhor do que o esperado, um jantar dos deuses num restaurante famoso, uma noite de lua no convés do navio, um vôo sem turbulência, o vilarejo medieval que aciona o déjà vu! São momentos gostosos e imprevisíveis que fazem toda a diferença! Situações tão simples, que a gente nem se dá conta, porém deixam uma sensação de encantamento que tira o estresse, a preocupação, nos faz flutuar e vivenciar uma espécie de renovação e metamorfose interna.
De volta à casa, cansados, exaustos, às vezes, até com fuso horário desregulado, percebe-se que uma viagem bem aproveitada, não é aquela onde há excesso de bagagem, intermináveis fotografias, brochuras de endereços. Mas, sim, a que faz bem à alma, preenche o coração com um sentimento de plenitude e inflama o futuro de esperança.
Por Helena Beatriz Juenemann
Life Coach, Psicóloga, especialista em psicossomática e Relações Públicas
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