David Iasnogrodski
09/07/2013 | ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
Título de filme muito famoso. De 1956. Com James Dean. O derradeiro filme deste artista. Um épico do cinema mundial.
Não é sobre ele que vou falar.
Vou me retratar a respeito da saúde agregado a outro fator.
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Domingo.
Inverno.
18 horas.
Fila enorme numa farmácia localizada num Shopping Center.
O cliente se apavora.
Vai a outra farmácia.
Vê na frente um cartaz: Farmácia Popular. (farmácia é que não falta na maioria das grandes cidades brasileiras, não é verdade?).
O cliente lê que há medicamentos grátis.
Não é o caso dele. Ela vai pagar... Ao menos pretende...
Esta farmácia está localizada junto a um posto de combustível.
Novamente fila.
Fila enorme.
Muitos exaltados com a demora no atendimento.
Uma só atendente. Por sinal muito atenciosa.
Está escuro na rua. É inverno. Escurece cedo.
A farmácia está com a porta da frente fechada.
A atendente tentando sempre ser atenciosa com todos.
Dizendo que está fechada a porta e o atendimento está sendo feito através de uma portinhola em função da insegurança urbana.
O horário é 18 horas e alguns minutos...
Uns reclamam que estão pagando.
Pagando caro pelo medicamento. No frio. Com fila. Esperando...
E ela – atendente – dizendo:
- Só estou aqui. Com medo. Com receio de ser assaltada. Por isso a portinhola...
- Mas estou aqui porque a minha mãe idosa necessita com urgência do medicamento e já estou a mais de 50 minutos nesta fila...
Chegou a minha vez.
Não tem o medicamento. Nem o genérico...
O que fazer?
Ir para outra farmácia? Com outra fila?
Fui.
O mesmo dilema.
Fila.
Frio.
Portinhola...
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“Assim caminha a humanidade” – é o título do filme.
Assim caminha a saúde. Com fio. Fila e portinhola, em conjunto com a insegurança urbana.
E agora?
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