Iane C. Alvares
07/10/2010 | O Papel do Homem e da Mulher na Sociedade Pós Moderna
Tanto a estrutura familiar, como o papel do homem e o da mulher tem mudado bastante em nossa cultura nas últimas décadas. Estas mudanças nos trouxeram um homem e uma mulher muito diferentes dos que podíamos encontrar no início do século XX. Sendo assim, não têm a experiência dos pais para se identificarem. Não existem modelos a seguir, tudo ficou muito novo, da guarda dos filhos, à sexualidade. Estamos, pois, construindo um ser humano novo, com uma nova sociedade. Estamos experimentando e devemos estar abertos ao novo, consequentemente, à possibilidade de errar sem temer voltar atrás para encontrar outro caminho.
No início do século passado as famílias eram grandes, com numerosos filhos, e, muitas vezes, morava na mesma casa uma sogra, ou uma cunhada. O papel masculino era bem determinado. O homem deveria prover todo o sustento da família e sentia-se até envergonhado ou fracassado se não pudesse dar algum luxo para sua mulher e seus filhos. À mulher, por sua vez, cabia cuidar dos filhos e do lar. Cada um tinha seu papel bem delimitado e os casamentos eram “até que a morte os separe”, pois um precisava do outro para o bom andamento da família.
Ele era feliz se encontrava uma mulher caseira e bem prendada, não precisava ser nem inteligente e nem saber conversar ou discutir política. Encontrava a felicidade na realização profissional e na família numerosa. Ela, por sua vez, queria um homem bem sucedido que pudesse lhe dar conforto e segurança financeira. Seus objetivos na vida eram casar e ter filhos. Estudava pouco, o mínimo para saber administrar bem o lar. Com um bom casamento era feliz.
Aos poucos as mulheres saíram para as ruas, arregaçaram as mangas e passaram a trabalhar lado a lado com os homens, conquistaram o mercado de trabalho e hoje são maioria nas universidades. Além disto, com o advento da anticoncepção, elas passaram a encarar a sexualidade de igual para igual.
Hoje, na sociedade chamada pós-moderna, vemos um maior respeito e valorização em relação aos indivíduos do sexo oposto, apesar de uns não necessitarem dos outros para viverem. A complexa sociedade do início do século XXI nos dá segurança, mesmo sem uma família.
O homem deste século não se parece muito com os seus avós. Eles se interessam em cuidar de sua aparência para conquistar uma companheira e a escolhem por seus atributos intelectuais e emocionais. Ela deve ser culta, independente e madura, com um bom emprego, de preferência. Ao chegar em casa este homem encontra o mesmo prazer que a mulher em arrumar sua casa e lavar sua roupa. Para conquistá-la pode oferecer-lhe um bom jantar preparado por ele e exibir-lhe um apartamento bem decorado, prático e arrumado.
Ela observa se o pretendente é prendado, quer um homem sensível, que a valorize e a incentive na sua auto-realização pessoal e profissional. Também tenta conquistá-lo através de seus atributos intelectuais e por sua beleza. O casamento e a maternidade não são mais necessários para a conquista da felicidade, quer, antes de tudo, sua realização profissional.
As mudanças estão se processando muito rapidamente de maneira que alguns setores da sociedade não conseguem acompanhar ou vão evoluindo num ritmo mais lento. Ainda pode-se ver um número significativo de mulheres que só quer encontrar um homem rico para casar e tenta conquistá-lo através de sua beleza e da sexualidade. São visíveis, ainda, homens que competem com as mulheres, tentando ainda subjugá-las. Para isto não acreditam em sua competência profissional e tentam desvalorizá-las com o intuito de sentirem-se mais seguros frente a esta nova mulher que surgiu, tão assustadora para alguns.
Só nos resta esperar e observar para onde as novas gerações estão indo. Temos nossa cota de responsabilidade pelo que fizemos até agora. Acredito muito no ser humano, ele vai acertar, ele vai errar, mas volta a acertar e, assim, segue em frente.
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