Iane C. Alvares
30/11/2010 | Receita de casamento feliz?
Buscamos encontrar um companheiro com o qual possamos descobrir uma atração mútua, incluindo a sexualidade e a intimidade emocional. Pensamos em um parceiro com ideais semelhantes aos nossos. Mas, por que é tão difícil encontrar seu par amoroso? Às vezes até pensamos ter encontrado, e, após o casamento, ocorre uma decepção mútua.
O casamento é uma união entre duas pessoas com modelos de relacionamentos e com experiências de vida diferentes, seguidamente até mesmo de culturas distintas.
Para que se possa construir uma vida em comum com intimidade e felicidade é necessário, por um lado, compartilhar interesses e valores, dividindo com o parceiro toda uma vida que até o momento lhe era particular e privada; e, por outro lado, ter que respeitar desejos e necessidades que pertencem apenas ao outro.
É importante que, apesar da intensidade da relação e da dependência em relação ao outro, ainda assim, não se perca a autonomia.
Ocorrem identificações mútuas entre os conjugues, incrementando o constante desenvolvimento de cada um. A identidade que vem se estruturando desde a infância, sofre algumas alterações com o casamento, quando passa a ver-se como fazendo parte de um casal e ambos formando a identidade do casal.
No entanto, algumas vezes este jogo de identificações pode ocorrer de uma maneira que ambos ficam presos a um relacionamento infantil, reproduzindo no vínculo conflitos de sua infância e de sua família de origem.
Mas afinal, qual a receita para um casamento feliz?
As pessoas que têm um casamento feliz não sabem, muitas vezes, a receita porque a felicidade conjugal não depende de receita ou de motivo racional consciente. Está muito além disto. Quando se casam, suas vivências e conflitos infantis inconscientes são recriados com o parceiro, Aquele modelo infantil de relacionamento é reproduzido em diversas situações da vida, mas de maneira mais intensa no casamento. Assim, cada um espera que o outro corresponda a seus anseios inconscientes.
Como se formassem um pacto não verbalizado entre os dois: ele sendo aquela pessoa que se encaixa nas expectativas dela; e ela se encaixando na fantasia dele.
Aí começam a ocorrer desencontros! Entre encontros e desencontros alguns se separam e outros permanecem, mas sem saber a receita.
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