Iane C. Alvares


25/01/2015 | Agressor e agredido: quem precisa mais de ajuda?

Seguidamente na mídia, somos informados sobre a violência e desigualdade com a mulher em diversos países com culturas bem diferentes da nossa. Mas e aqui no Brasil, como anda esta questão?

Se aqui temos a Lei Maria da Penha, é porque foi necessária devido aos índices alarmantes de violência contra a mulher em todas as classes sociais e em todas as etnias.

O artigo 7º. desta lei trata dos tipos de violência: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Hoje gostaria de destacar a violência psicológica e moral, pois não deixam provas concretas, são sutis, passando desapercebidas nas relações domésticas e familiares.

A violência psicológica refere-se a qualquer conduta que cause dano emocional, como a diminuição da auto estima, ou que perturbe o pleno desenvolvimento da vítima. A violência moral é entendida como calúnias, difamações ou injúrias.

Se observarmos bem estes dois tipos de violências, são mais comuns do que imaginamos e, inclusive, são também frequentes tendo homens como vítimas. Quem nunca viu uma mulher dizendo ao companheiro: “Mas tu não fazes nada direito!?” Este exemplo, não seria uma violência psicológica que vai se repetindo no dia a dia, resultando em dano emocional e diminuição da auto estima?

O que quero dizer com isto é que as relações íntimas podem estar carregadas de dano emocional que muitas vezes nem nos damos conta.

Alguns trabalhos psicanalíticos são direcionados a este tema. Já está bem difundido o quanto o abusador de hoje foi abusado no passado. O mesmo vale para as relações agressivas.

O agressor geralmente tem alguma dificuldade com sua auto estima, seu narcisismo (utilizando um termo mais psicanalítico). São pessoas que não toleram a mínima afronta, sentem-se agredidos; sua resposta agressiva, seja ela física ou psicológica, vem como uma defesa por estarem se sentindo ameaçados.

Outra característica do agressor são seus sentimentos de posse e poder frente ao outro que o faz agir de maneira controladora e cruel, para manter o outro perto de si e sob controle. É, portanto, uma pessoa insegura em seu apego, geralmente com muito temor de perder a pessoa amada e de ser abandonado. Por isto necessita controlar tanto o outro, subjuga-lo, torna-lo seu dependente. Este apego inseguro, provavelmente marcou sua infância na relação com seus cuidadores e permanece na vida adulta.

A pessoa que é mal tratada, que é chamada perante a lei de vítima, e permanece nesta relação também tem algumas dificuldades emocionais ligadas à auto estima, à depressão e desesperança que a fazem sentir-se culpada e merecedora da agressão. Na vida da mulher ou do homem vítima de agressão também encontramos marcas de violência contra ela mesma ou contra outro ente querido, tendo sido expectadora.

Podemos concluir que tanto o agressor como a vítima de qualquer uma das formas de violência, necessita de atendimento e de ajuda, com assistência psicológica. Entender o que ocorre não é o mesmo que aceitar, mas é ver a necessidade de tratamento para evitar a ocorrência ou a manutenção da relação agressiva.

Frequentemente podemos ver mulheres que foram vítimas de violência doméstica e que, afastadas de seus companheiros, desenvolvem novo relacionamento nos mesmos moldes.


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