Iane C. Alvares


18/02/2013 | É possível unir o tecnológico com o mais primitivo?

É possível unir o tecnológico com o mais primitivo?

Estamos na era do ‘aqui e agora’, realizar imediatamente nossos desejos, é a ordem do dia. Computadores cada vez mais velozes contribuem para que a tecnologia nos sirva nas diversas áreas da vida e, isto, pode ser muito bom.

Mas ...

Estamos deixando de lado outros aspectos importantes da vida. A rapidez e eficiência no fazer, não estão nos dando tempo para o pensar , nem para o sentir e, muito menos, para o viver. Estamos nos importando mais com o tipo de smartphone e do tablet do colega do que com seu caráter, sua amizade, seu valor como ser humano.

Esta semana observei alguns casais com crianças em um restaurante: os bebês sentados em suas cadeirinhas altas; os pais conversando. Nunca consegui conversar, tranquilamente, com meu marido em um restaurante, enquanto nossos filhos estavam conosco. Como aqueles casais conseguiam? Simples, havia um gadget na frente de cada bebê; conforme a idade, viam clips ou jogavam. Estavam totalmente alheios ao que se passava ao seu redor. E os pais alheios a eles.

Recordei os momentos intensos com meus filhos, de trocas, de brincadeiras, de ensinamentos durante as refeições. Eram momentos longos porque mais conversávamos do que comíamos. Muito intensos, a mesa era alegre. Às vezes dava confusão, algumas alterações e discussões, que fazem parte da vida e do entendimento. Como dizia Freud, se dois indivíduos estão de acordo em tudo, pode ter certeza que um dos dois pensa por ambos.

Releio o que escrevi e me sinto como uma ‘velha saudosa’! Mas aí, penso em algumas jovens mamães que conheço, entregando-se aos cuidados com seus bebês, tentando entende-los com suas linguagens próprias, que, dizem, só as mães entendem; lembro de um amigo lutando para poder conviver mais com os filhos que crescem em um país distante. Então, não estou tão saudosa, tudo aquilo ainda é presente, não ficou no passado.

Sou adepta da tecnologia que pode aproximar as pessoas, ajudando a reencontrar amigos há muito tidos como perdidos e que agora voltam, virtualmente, como se não tivéssemos nos separado; procuro a tecnologia que me dá conforto e facilita as tarefas profissionais e domésticas; aprecio, principalmente, a que pode nos ajudar a desenvolver uma sociedade mais justa. No entanto, esta mesma tecnologia pode nos afastar das pessoas que amamos, conforme cada um a usa. Será que aqueles casais no restaurante, colocando um gadget na frente de seus filhos, se dão conta do desperdício que fazem de um momento precioso em que poderiam estar se relacionando com seus bebês ou adolescentes? Aquelas crianças não estavam ‘vivendo’ naquele momento, mais pareciam hipnotizadas. Será que este vai ser o futuro da humanidade? ‘Seres tecnológicos’, racionais e altamente produtivos?

Ao mesmo tempo, vejo outras pessoas podendo juntar o ‘primitivo’ com a tecnologia. ‘Primitivo’ no sentido de conectar-se com as emoções mais profundas e verdadeiras do ser humano, de sentir intensamente cada momento da vida. De realmente “VIVER”!


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