Erner Machado
18/11/2012 | Doutor Joaquim Barbosa
Às vésperas de assumir a Presidência da mais alta Corte do Judiciário brasileiro, sua Excelência o Ministro Joaquim Barbosa é alvo de expectativas de sucesso e de fracasso.
As expectativas de fracasso se fundamentam em decorrência de ser oriundo do Ministério Publico e da tendência condenatória que, os muitos anos neste cargo, possa ter marcado e orientado a sua atuação como julgador.
Se sustentam também pela sua postura altaneira, irascível que não leva desaforo para casa e que tem na ponta da língua a resposta para a opinião que contraria suas convicções ou desafia sua postura no exercício profissional.
E, seriamos hipócritas, se não mencionássemos como uma expectativa de fracasso o fato de um negro exercer cargo de tamanha envergadura, causa desconforto em nossa pátria que conserva e que conservará uma conduta racista.
As expectativas de sucesso tem sua razão no currículo singular do Dr. Barbosa, na sua garra, nas suas vitórias com as poucas ferramentas que dispunha, na sua brilhante inteligência e, acima de tudo na sua coragem de relatar com profissionalismo, com galhardia, com hombridade, com cidadania e com profundo senso jurídico, as acusações que levaram ao banco dos réus e a condenação de ministros do governo, de políticos, de altos funcionários e de empresários brasileiros.
Esta coragem e este destemor são as suas credencias mais significativas. Na minha insignificante opinião sobre a vida nacional me coloco entre aqueles que comungam das expectativas de sucesso do Dr. Barbosa, no exercício da Presidência do Supremo Tribunal Federal.
Tenho certeza, absoluta, que será um magistrado que acolherá, com parcimônia, com inteligência, com abertura, e com muita serenidade, as opiniões dos seus pares e, para elas dará o encaminhamento, que a grandeza do seu cargo e acima de tudo que a justiça determina.
Me utilizo, por falta de argumentos, de W.SOMERSET MAUGHAM, (O Fio da Navalha) para dizer que tenho certeza que na presidência da STF, o Dr. Barbosa não será, somente, o Presidente mas “será a cidade onde nasceu, os pátios onde aprendeu a andar, os brinquedos com os quais brincou, as histórias que ouviu dos mais velhos, a comida com que se alimentou, as escolas que frequentou, os esportes que praticou, os poetas que leu e o Deus em que acreditou”.
Todas estas coisas fizeram dele o que ele é, ninguém pode conhecê-las melhor que ele. Só ele pode conhecê-las porque as viveu e é parte delas. E, com certeza não trairá agora a historia de sua vida e de seu Povo.
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