Erner Machado
23/07/2018 | Arrogantes
Por convicção e por dever de ofício devo cultivar tolerância como um princípio.
Todavia nos últimos tempos, paradoxalmente, quando entrei na casa dos sessenta anos, tenho tido dificuldades de ser tolerante com pessoas arrogantes e mal-educadas. Explico: Não consegui ser tolerante com aquele guri debochado do Santos, o Neymar, quando desacatou o técnico Dorival Junior e fiquei mais intolerante, ainda, quando o Santos o demitiu em razão de ter contrariado o guri.
Nos últimas tempos, tenho sido intolerante com o Felipão quando vejo a sua cara de desdém, superioridade e desprezo com que dá as suas respostas debochadas e irônicas, para qualquer pergunta dos profissionais de imprensa.
Fiquei intolerante no dia 23.11, do ano passado, quando no Jornal do almoço, entrevistando o Renato Portalupi, um cronista gaúcho candidato ao prêmio nobel da vaidade, ficou irritado quando a produção colocou o Paulo Brito ao lado do Renato.
De maneira arrogante e mal-educada, ele retirou o Paulo Brito do lugar e, nele, sentou-se colocando o dedo na cabeça e dizendo: Não sei quem te colocou ai, isto é coisa de quem não tem discernimento...Ora quem imagina que este lugar não fosse meu ???...!!! Entrevistou o Renato e disse um monte de bobagens, como sempre.
E o pobre do Paulo Brito, olhando ao lado, se quedou em um silencio profundo...
Citei três exemplos de arrogância explícitas. A nível nacional, do guri debochado do Santos e do tosco ex-jogador que se julga, hoje, o melhor técnico do mundo e, a nível de província, do folclórico jornalista gaúcho que julga-se o maior cronista do Brasil e que se vangloria de ter cantado com o Julio Iglesias e ultimamente com a Alcione. Para ele isto foi uma grande coisa... para o Julio e para a Alcione talvez, nas suas memórias, façam menção a um sujeito sem noção que atrapalhou seus trabalhos...
Citei estes exemplos mas o leitor sabe que o nosso país está repleto de arrogantes, de mal educados, de debochados, de sujeitos sem compostura que, quando podem, expressam as suas naturezas pensando que fazem um lindo papel. Aos olhos de quem os vê e os ouve não passam de pobres coitados que buscam na agressão e no deboche acobertar suas fraquezas e seus medos. Sei que devemos ser tolerantes com eles mas, eu, não tenho conseguido...
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