Erner Machado
17/09/2013 | DECIDINDO O FUTURO
Amanhã, quarta-feira dezoito de setembro, o nosso país amanhecerá em singular expectativa pois, no Supremo Tribunal Federal, o Ministro Celso de Mello irá desempatar a votação sobre os Embargos Infringentes impetrados pelos condenados no processo conhecido como Mensalão.
Acho que, nunca, no nosso país, uma decisão foi cercada de tamanha ansiedade pelos resultados que dela poderão advir, os quais com certeza se constituirão em um divisor de águas na história da justiça brasileira que passará a ser reconhecido como: O SUPREMO antes e depois do julgamento dos embargos infringentes.
Acho que amanhã será estabelecido o marco de um novo país, de uma nova maneira de nos vermos como povo, como cultura como instituição.
Amanhã poderá ser o dia em que começaremos a dar os primeiros passos para o caminho da dignidade, do respeito, da cidadania, da postura de um pais melhor que nos colocará de pé ante os demais povos democráticos do mundo que acreditam e constroem seus futuros para o exercício do Bem e das Virtudes.
Todavia, como tudo na vida, amanhã também poder ser o dia em que todas as nossas esperanças desfalecerão.
Poderá ser o dia em que os nossos sonhos todos morrerão, em que as nossas ilusões se dissolvam ante a cruel realidade que nos assola e que nos diz que não temos saída e que o nosso lugar é nos desvios das estradas reais.
Nos atalhos e naqueles territórios singulares e esquecidos onde as ervas daninhas crescem, sem que ninguém tenha vontade e nem tempo de ceifa-las e de plantar, em seus lugares, as boas sementes que darão bons frutos e bom abrigo.
Mas, esperemos então, com o coração nas mãos, que o Voto do Ministro nos redima ou nos condene.
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