Erner Machado
27/10/2015 | Um dia no futuro
Tenho aproveitado este inverno, que se estende quase até ao final do mês de outubro, para fazer reflexões diárias, sobre o futuro da humanidade e sobre o futuro de meu pais.
Como cenário da humanidade tenho visto um mundo, em todos os continentes, altamente conflagrado por guerras, por assassinatos, por fuga em massa de populações que buscam abrigo em outros países. Tenho visto um mundo estarrecedor.
Como cenário de meu pais, tenho visto uma crise econômica que sinaliza dias muito difíceis para todos nós. Tenho visto uma crise política sem precedentes, na qual a Presidente eleita tem sofrido ataques da oposição que quer tirá-la do poder e do seu próprio partido que, traiçoeiramente, mina as bases de sua política econômica e lhe aprisiona entre as decisões que ela tem que tomar e as decisões que o partido quer que ela tome.
Tenho visto uma avalanche de casos de corrupção envolvendo altas figuras da República que, de maneira lamentável, destroem suas histórias, seus currículos e, abertamente fazem acordos, dos mais vis, para manterem-se ao largo e inatingíveis aos braços da Lei.
Estas figuras e estes acordos espúrios e imorais estão no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. O Executivo, a Câmara Federal, oenado Federal, as Assembleias Legislativas Estaduais, os Governos Estaduais, as Prefeituras, as Câmaras Municipais, enfim, todas as instâncias políticas nacionais estão, de alguma forma, comprometidas, o que nos expõe a uma dimensão continental da crise moral à qual estamos submetidos.
Paralelo a tudo isto estamos com problemas na saúde, na educação, na segurança, na infraestrutura urbana e em todos os demais setores da Nação.
Temos milhares de pessoas que, por não terem onde morar, ou dirigida por líderes com segundas intenções, são convencidos a invadirem áreas urbanas em todo o território nacional e passam a viver como miseráveis, como párias sociais em condições sub-humanas.
No Campo temos uma legião de brasileiros que participavam do movimento mais justo do universo e que buscavam um lugar para morar e para produzir o seu sustento e o sustento de suas famílias. Hoje, pela ação ideológica de líderes demagogos e inconsequentes se constituem em um exército ideológico que, munidos de facões, enxadas e talvez de armamentos mais poderosos, estão a postos para defenderem ideias que, com certeza, estão muito longe da origem do movimento surgido há tanto tempo.
Não se dão conta que enquanto se arrastam pelos corredores habitando lonas e barracas miseráveis, os seus pseudo lideres moram em imóveis de milhões de reais, tem carros de último modelo, viajam em aviões de primeira classe, e se hospedam em hotéis finíssimos. Seus banquetes são de iguarias internacionais e regados a vinhos cujas garrafas custam mais de cinco mil reais.
Este é o cenário de nosso presente. Estranho, singular, paradoxal presente que é dado ser vivido por nossa Pátria e por nosso Povo.
Fica para todos o grande desejo que tudo isso seja vencido e que, por algum desígnio maior, a Justiça possa concluir, soberana, que os indiciados são culpados pelos crimes de “lesa-pátria”, e que a Lei determinará a pena a que serão submetidos e eles serão privados da liberdade que os impedirá de continuar fazendo mal ao povo do qual vieram e ao qual traíram...
Com certeza, isto vai acontecer para que um dia, no futuro breve, nosso povo possa, plagiando o Rei Frederico II, da Prússia, dizer: Ainda existem juízes no Brasil !
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