Erner Machado
26/05/2016 | Para salvar o futuro.
O retorno, à Faculdade de Direito me proporciona, já com a cabeça branca, um olhar novo sobre o meu pais. Não aquele olhar crítico e empírico que deduz que tudo está errado, mas um olhar técnico, ainda que incipiente, sobre as nossas realidades.
E, estas realidades mostram, sem sombra de dúvidas, que se os séculos XX e XXI, conduziram o pais a um desenvolvimento tecnológico e econômico de alto nível, compatível com os países desenvolvidos, paradoxalmente, foram capazes de aumentar a miséria, a insegurança, falta de qualidade de vida, a obscuridade, a delinquência, a fome, a ignorância, a violência e desesperança de nosso povo.
Verifica-se isto por diversos índices científicos cujos vetores nos conduzem, como povo e como nação, para um futuro com perspectivas piores que o nosso presente.
Temos uma maioria significativa de pessoas que vivem abaixo da linha da miséria, em habitações de qualidade inconcebíveis, no campo e nas periferias das grandes cidades, sem saneamento básico, sem saúde, sem trabalho para os adultos e sem escolas para as crianças, sem segurança e que entregues à luta pela vida buscam a subsistência, por extrema necessidade, na pratica dos desvios de conduta e na delinquência e no crime.
Como substrato disto constatamos que não temos trabalho que acolha esta população, não temos saúde que cure seus corpos e suas mentes, não temos escolas que abriguem os seus filhos mas, em contra partida, temos enormes índices de homicídios ocorridos neste universo e temos um Sistema Prisional que acolhe aqueles que, egressos desta população, se tornam devedores da sociedade que os criou e os mantém reféns eternos das circunstancias a que foram submetidos e que, por si próprios, delas não tem condições de livrarem-se.
Por outro lado e examinando o estamento social mais aquinhoado, cultural e materialmente, constatamos que não temos mais lideranças políticas capazes de, através da consciência patriótica e da visão de estadista, descobrirem mecanismos justos, eficientes e eficazes que sejam capazes de mudar o curso da história que está se escrevendo, e criar condições de resgates destes Seres Humanos que se encontram sem presente e sem futuro.
Finalizando, acho, que nosso presente está perdido! Para salvar o nosso futuro como Nação e como Povo precisamos criar prioridades de investimentos institucionais que contemplem, em primeiro lugar, a educação e a saúde como forma de dar às crianças de hoje e as que virão no futuro, condições de encontrarem o caminho da construção de uma nova realidade que lhes traga a dignidade, a cidadania o respeito, os valores de coletividade, e de paz como forma de vida.
Mas, para isto, precisamos de um Estadista e onde ele está?
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