Domício Brasiliense
14/06/2013 | Estamos Perdendo Tempo!
Procuramos, procuramos e procuramos... Tudo aquilo em que acreditamos ser o sentido de felicidade. Talvez por isto corramos tanto atrás de um amor, de um bom emprego, de profissionalização, de bens materiais, de diferentes formas que sejam fórmulas. O lema é correr atrás de coisas que nos digam que alcançamos a “dita” realização de vida.
Antigamente, a receita de um homem feliz se constituía em ter algum patrimônio, esposa e filhos. Para a mulher, ser esposa e mãe. Somente mais tarde, com a necessidade de maior número de mão de obra foi que a sociedade permitiu que a mulher ingressasse no mundo do trabalho, daí a origem do Magistério. Então, enquanto os homens interagiam com o mundo, numa falsa postura de pessoa forte e segura, a mulher, de amorosa e dona do lar passou a cuidar dos filhos dos outros pais.
Esta é a nossa história, mas com o tempo, diante de tanta frustração pessoal e profissional, fizemos alguns progressos. De certa forma, já podemos admitir que tanto o homem como a mulher se constituem como seres de sentimentos e expectativas, com os mesmos direitos de agir e reagir em relação às coisas que compõem a vida.
Mas, se antes a receita de Ser feliz estava errada, por que a receita de hoje também não está funcionando? Sim, porque hoje parece que temos mais liberdade, mais opções quanto às formas de ser e viver, mas a felicidade não chega até nós. Talvez, justamente porque possamos estar atrás da “tal” receita, colocando nossa expectativa de felicidade em conceitos equivocados e estereotipados que jamais nos conduzirão a realizações.
A felicidade não é um movimento de massa, é individual. Por isto, cada um de nós precisa de relativo autoconhecimento para que possa entender sua própria forma de sentir e emocionar-se com a vida, interagindo de acordo com as pessoas que seleciona para conviver afetivamente. Desta forma, se por acaso exista uma receita para que nos realizemos durante a nossa existência, a grande possibilidade é de que esteja em sintonia com o que cada um é, na sua forma íntegra. Além disso, talvez entendamos que a dita “felicidade” nada mais é que um estado de satisfação e realização, diferente para cada ser, tanto na forma racional, como emocional, intuitiva e espiritual. Então, parece que carecemos da liberdade de pensar, sentir, perceber e acreditar, o livre exercício em ser quem somos e respeitar os que para nós são diferentes.
É no julgamento alheio e no equívoco de felicidade que perdemos tempo. Uma pessoa não é feliz porque tem um amor, uma família, um bom emprego, boa aparência física, bens materiais, etc. Uma pessoa se percebe realizada no que ela faz com tudo isso e se algumas dessas coisas eram realmente o que ela desejava. Economizar tempo é escutar nossos desejos e nossos sonhos. Estamos carentes, antes de tudo, de nós mesmos, da nossa maior capacidade em respirarmos livremente com a vida.
Compartilhe
- Dia da Gratidão
- Dia de Santos Reis ou Dia dos Reis Magos
- Dia do Mensageiro
- Dia Mundial do Astrólogo
- Efipania do Senhor