Domício Brasiliense
24/04/2014 | Diagnóstico Social: Transtorno Afetivo
Vivendo de forma individualista, paramos de prestar atenção nas pessoas à nossa volta, tanto familiares como colegas, amigos e vizinhos, comprometendo a nossa capacidade de empatia, um dos maiores atributos do ser humano.
Somos respostas da família de origem, da infância e eventos que constituíram as nossas vidas, mas também do temperamento, que é a disposição que cada um de nós possui para reagir ao ambiente de determinada forma. Então, muito do que não entendemos a respeito do comportamento humano, pode estar relacionado à nossa história, mas também a características que já vem conosco e que explicam as nossas reações emocionais e comportamentos sociais.
Termos boa sociabilidade, percebermos que somos reconhecidos como pessoas, desenvolver boa tolerância à frustração e razoável habilidade em lidar com problemas, são uma boa referência de saúde mental. Contudo, estes indicativos precisam de uma sociedade que também esteja relativamente saudável. Mas, a grande verdade é que a nossa sociedade está doente, atuando de forma coercitiva para que nos tornemos individualistas, consumindo uma ideologia que nos adoece através de uma ética equivocada.
Muitos dos transtornos mentais devem ser um alerta para a nossa vida em sociedade. Casos patológicos, caracterizados por excessiva crueldade, devem fazer com que nos questionemos quanto à necessidade de reorganizar o sistema com leis eficazes e que assegurem um ambiente propício para uma família saudável, onde as crianças sejam preservadas no que tange a seus direitos fundamentais e o futuro adulto possa se sentir acolhido e capaz de desenvolver-se.
Precisamos dar um basta nessa confusão ideológica em que estamos vivendo. Por exemplo, num momento histórico, a virgindade é de extrema importância, noutro momento é propagada a ideia de ficar com várias pessoas, experimentar sem compromisso, mas sem, na verdade, conseguir ter um relacionamento saudável. Da mesma forma, a orientação sexual é tratada: quase tudo era proibido, agora nos perdemos em meio a novos conceitos e modismos como se realmente estivéssemos aceitando novas verdades. O que precisamos fazer é nos questionarmos quanto à nossa capacidade de amar, tanto a nós mesmos quanto as pessoas à nossa volta, aceitando-nos como somos e sempre tentando ser e fazer o melhor.
Dentro deste mesmo tema, saúde também se diagnostica através da capacidade de amar, pois parte-se da premissa que, para realmente gostarmos de alguém, é preciso que aceitemos as nossas diferenças e igualdades, sem distinção e com relativa empatia. Com este mesmo olhar, precisamos analisar a nossa sociedade, questionando tudo o que não tem nos conduzido para a Paz e Felicidade, nossos maiores direitos.
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