Domício Brasiliense
05/12/2013 | Perturbação Mental: A Consequência dos Comportamentos
Temos a tendência à repetição de comportamentos, seja pela influência da família, da nossa cidade ou mesmo pelo contágio social que se faz através de crenças coletivas. Assim, precisamos ser parecidos com algum dos nossos parentes, assumir costumes locais e assimilar valores das pessoas com quem dividimos a rua e nossos afazeres. Temos a impressão, mesmo que num âmbito inconsciente, que sem essas referências somos quase nada, por isto a discussão sobre o processo de identificação sempre está em voga.
Precisaríamos de um meio de transporte que fizesse com que ultrapassássemos esse senso comum, que atuasse como um veículo que explorasse os limites das cidades, estados e países, internalizando novas paisagens, novas culturas. Seriam a fé, o ser destemido e um acesso psicótico as vias necessárias para ultrapassar esse status quo? De que nova visão estamos carentes? O que é preciso para que saiamos da perturbação? O melhor de nós estaria onde está o nosso pior; afinal de contas, o pior e o melhor não são vizinhos?
O foco não é a realidade, porque ela está relacionada aos nossos valores constituídos no meio em que estamos inseridos, portanto, impregnados pela ideologia. Por isto, de certa forma, somos a simulação do meio viciante, que vem nos tornando dependentes, de geração a geração. Então, somos o resultado disso tudo, buscando na utopia a autenticidade e a felicidade. Precisamos ir além de Karl Max, Aristóteles, Confúcio, Freud, Young e outros tantos, tentando transpor esta vida, na forma como a entendemos. É por causa disto que a religião tornou-se importante, pois ela tenta preencher a aresta existente entre o que somos, o achamos que somos, e o que intuímos que poderíamos vir a ser.
Se, o que entendemos como realidade na verdade não o é, então o que seria? Por que não conseguimos mudar as nossas vidas? Porque estamos aprisionados nas ilusões do apego, do ego e do que seja amor. A música de Geraldo Vandré, que diz: Vem vamos embora, Que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, Não espera acontecer, incomodou e desacomodou muitas pessoas, justamente porque ela questiona o que é realidade. Hoje, somos prisioneiros das nossas mentes e dos nossos corpos, sofrendo de depressão e ansiedade, taquicardia e sudorese, como resultado da nossa forma ditatorial de viver.
Talvez, se começássemos de novo...
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