Domício Brasiliense
09/08/2013 | Sempre Aquém, Nunca Além, Por quê?
Os problemas fazem parte da vida, mas quando eles chegam nossa sensação é de medo frente a sentimentos desconhecidos ou avassaladores. Nosso dever é elaborá-los e, de alguma forma, superá-los, mas como?
Não existe vida mansa, assim como não existe alguém que esteja sempre bem ou feliz. O que temos certeza é que na trajetória de nossas vidas sempre farão parte do pacote desafios que nos exijam atitudes e decisões. Por conseguinte, muitas vezes nosso pensamento é: vou ter que desmanchar a minha canoa? Este questionamento denota a crise existencial em que nos encontramos por não vislumbrarmos uma saída de emergência que nos proteja das sensações que nos oprimem. Por isto, percebemos a vida como um grande rio em que navegamos com a nossa canoa, sendo ele a vida, com tudo que a compõe e ela a bagagem que contém o nosso temperamento e a nossa personalidade.
Pela falta de uma fórmula que nos tire da angústia, nossa aflição se configura através da possibilidade em ter de desmanchar a canoa. Isto quer dizer que, na ausência de rumo e de terra à vista, com a sensação de navegarmos a esmo, pensamos em abrir mão da nossa construção de vida: a canoa. Assim, manifestamos nosso desespero em não conseguirmos lidar com rio da vida, além de não enxergarmos na nossa canoa recursos que nos dêem um rumo.
Procurar e não achar recursos na canoa é a revelação da nossa autoimagem e autoconfiança, a constatação de a percebermos pequena e um tanto vazia, portanto a sensação de desvalia por não termos rumo certo. E, qual seria o rumo certo? Aquele que nos apontaram ou aquele em que nos sentimos impulsionados? Talvez o medo de arriscar tenha comprometido a nossa rota, não permitindo que enxergássemos os recursos na canoa. Talvez, talvez... tenhamos albergado o medo por não acreditarmos em nós mesmos.
Essa felicidade não pertence a ninguém porque ela é de todos, mas precisa ser conquistada por cada um. Não existe vida mansa e também não existem pais perfeitos, amores magníficos e uma história de vida somente de boas experiências. Mas, para cada canoa há uma alternativa, uma oportunidade em que é preciso que haja atitude para criar um remo que nos guie até a outra margem. Então, é imprescindível que tenhamos um olhar díspar e otimista que nos liberte da matriz em que nos aprisionamos, entendendo nosso rumo como um além a ser desbravado e conquistado.
Nosso maior bem: esta vida. Nosso maior direito: vivermos bem. Nosso maior erro: abrirmos mão de nós mesmos. Não é preciso desmanchar a canoa!
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