Domício Brasiliense
26/12/2013 | O Que Está Terminando, o Ano ou as Nossas Vidas?
Já estamos falando no fim do ano de 2013, qual a primeira sensação que nos invade? De frustração, lamento, culpa ou a sensação de uma trajetória realizadora?
Ao que parece, adotamos o mesmo padrão mental todos os anos de nossas vidas: a insatisfação que declara a nossa relação equivocada com as coisas da vida. Sem nos darmos conta, demos morada a uma inveja silenciosa que se revela quando vemos pessoas sorrindo, sendo amadas e com boas condições de vida. Estes sentimentos, quando corporificados, criam um padrão mental que nasce na frustração que sentimos conosco e com a vida que temos, assumindo-nos, inconscientemente, como incompetentes. Esta constatação faz com que nos distanciemos, gradativamente, dos atributos mentais saudáveis, abrindo portas para a angústia, a ansiedade e a depressão.
De outra forma, precisamos compreender e aceitar as despedidas da vida, nos libertando das amarras relacionadas ao passado, situando-nos no momento presente e apropriando-nos de uma pessoa de possibilidades. Por isto, o nosso desafio é ter que lidar com o apego às coisas e às pessoas, aceitando que tudo tem seu próprio tempo, que nem sempre está de acordo com o nosso calendário. Na falta deste entendimento, teremos que lidar com a sensação de que nossas vidas são um equívoco no que diz respeito ao nosso entendimento de satisfação e felicidade.
Tudo o que acreditamos ter perdido, as pessoas que não perdoamos, as mágoas que cultivamos e o nosso lado obscuro que afloramos são impulsos desgovernados pelo medo de não ter amor. Então, a falta de coragem é o atestado do medo da morte de um Eu feliz, nos levando a questionar o amor, os relacionamentos, a família e a sociedade, criando uma sintonia de morte em vida. Precisamos entender que a nossa pulsão é de vida, por isto o distrair-se, ter lazer, relaxar e estar vivendo o momento presente são fertilizantes fundamentais para um Eu saudável.
Vamos iniciar um novo processo? Vamos parar de fazer as pessoas sofrerem. Vamos dar um basta em discussões que se esvaem em teorias que não nos realizam enquanto pessoas. Chega desse tempo demasiado dedicado a discussões ideológicas quanto à diversidade étnica, religiosa, cultural e sexual, pois essa ação passa a se alimentar de pré-conceitos que nos afastam uns dos outros. A reprovação de uma pessoa repercute, de uma ou outra forma, em uma negação aos nossos próprios atributos.
Faz-se necessário manter uma nova sintonia emocional que acabe com tanta frustração e tristeza. Precisamos ter cumplicidade com o Eu de cada um, na sua forma e jeito de ser, trilhando um caminho que desenvolva a coletividade, única forma de acabarmos com a solidão.
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