Domício Brasiliense
12/06/2014 | Digitalizando o Amo
A prova da nossa vulnerabilidade, tanto ideológica quanto psicológica, está nas nossas ações que mudam com o passar do tempo e as situações que precisamos enfrentar. Antes, quando gostávamos de alguém, fazíamos tentativas de aproximação e pedíamos em namoro, hoje “ficamos”.
É óbvio que o caos inventa, incessantemente, vidas inimagináveis. A prova disto é a nossa história repleta de ações e reações que jamais pensaríamos que seriam atos nossos. Certos momentos da nossa história de vida fizeram com que aflorasse uma pessoa que até então desconhecíamos. Então, parece que este ser inusitado contribuiu, em muito, para a nossa evolução como pessoas. Desta forma, podemos concluir que muitas das nossas mudanças são benéficas, viabilizando a realização dos nossos reais desejos para uma vida mais satisfatória.
Talvez, o que nos falte seja o bom senso necessário para que evitemos comprometer valores dignos que qualifiquem os nossos relacionamentos amorosos. Atualmente, muitos relacionamentos se concretizam e terminam pelo “status” postado no Facebook. Sem dúvida alguma, a tecnologia é um avanço e uma necessidade, além de viabilizar uma comunicação rápida. Mas, fazer dela um substituto para as nossas ações, que precisam ser pessoais, é um grande equívoco. Por isto, algumas pessoas estão iniciando e terminando relacionamentos de forma virtual, comprometendo a sua própria integridade psicoemocional.
Precisamos entender que nada, nunca, substituirá o contato pessoal: o “olho no olho”, um aperto de mão, um abraço, um afago. Mas, infelizmente, o que temos percebido é a dificuldade que alguns têm de estabelecer esses contatos pessoais. E, para piorar essa carência de estarmos íntimos, alguns pensam que “ficar” com muitas é uma forma saudável de nos relacionarmos. Compreender alguns tabus e conseguir dar eles um ressignificado, pode ser uma atitude libertadora que nos conduza a mais paz e felicidade. Contudo, ao que parece, temos derrubado alguns preconceitos, mas perdendo-nos numa liberdade mal compreendida, pensando que fazer quase tudo o que a vida possa nos oferecer seja viver, realmente, a vida.
Pode até ser que alguns pensem que pedir alguém em namoro seja uma coisa “careta”, como também postar seu “status” de forma virtual represente um tipo relacionamento. Mas, o mundo virtual dificilmente conseguirá expressar o que passa dentro de nós, no nosso emocional, e que precisa ser expresso pessoa a pessoa. Precisamos abrir mão de falsos pretextos para que possamos perceber as coisas da vida através de sentidos e sentimentos.
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