Domício Brasiliense
31/10/2013 | Estamos na Solitária e Não Percebemos
Somos inteligentes, mas estamos sendo seqüestrados quanto a nossa capacidade de sermos felizes. Convenhamos, até a nossa busca por felicidade já está sendo um fator estressante. Falamos tanto nela e a sensação é de que a “tal” da felicidade está cada vez mais longe.
Parece que perdemos a habilidade em viver com alegria, tendo que encarar dias pesados e pessoas enfadonhas em favor de manter o que temos em nossas vidas. Contudo, se pararmos agora para analisar, poderíamos nos questionar quanto ao que, de fato, temos em nossas vidas. Mais ainda: das coisas que temos, quais realmente precisamos. Afinal de contas, nos sacrificamos tanto para manter o que? Com certeza, precisa ser algo que valha a pena.
Precisamos manter lúcida a nossa busca: a “tal” da felicidade, que não é ter uma vida de sacrifícios em prol disso ou daquilo, mas, mais que tudo, exercer o nosso direito de viver esta vida, na maior amplitude possível, uma vez que o nosso maior bem é a nossa atual existência, única e intransferível.
Encontramos-nos famintos de amor porque nos isolamos nas nossas buscas que se tornaram individuais, ao invés de coletivas, uma vez que fomos compelidos a competir ao invés de cooperar. Nessa competição nos isolamos nos nossos porquês e metas a conquistar, comprometendo nossa saúde mental por causa das frustrações e isolamentos emocionais. Então, sem termos consciência do nosso estado mental, permanecemos presos na “solitária” dialogando com o nosso Eu frustrado e infeliz. Como consequência, gradualmente nos familiarizamos com a fome de amor, tendo-a como companheira no que diz respeito ao vazio provocado pela sua falta, muito mais íntimo e tangível do que o amor em si.
Fazemos uso do pensar, da fala, do ato de criar, da habilidade em construir, etc., mas, para que? Nossos objetivos de vida estão claros? Afinal, temos consciência do que estamos fazendo com as nossas vidas? Não podemos ignorar que temos calado diante de algumas coisas, que temos ignorando outras tantas e que temos destruído nosso planeta, como também matando nossos semelhantes. A “solitária” nos fez crer que matar é uma necessidade. Esta é a denúncia da nossa doença: a falta de noção do que realmente é ético.
Precisamos escutar o que pedem os gritos, coexistindo e tentando entender a nós mesmos. Precisamos resgatar a família, criando nossos filhos com valores dignos e espírito coletivo. Enfim, necessitamos dar um primeiro passo: olhar além da “solitária”. Está comprovado: sozinhos, pouco ou quase nada conseguimos, quanto mais a “tal” da felicidade.
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