Domício Brasiliense
24/06/2015 | Relacionamentos...
Nas inter-relações que perfazem o nosso dia a dia, parece estar circunscrito um código de valores a serem seguidos e preservados. De certa forma, estabelecemos os nossos vínculos baseados em valores que acreditamos serem os norteadores para o nosso bem estar e alcance da pretensa felicidade. Mas, será que estamos certos?
Atribuímos ao amor o conceito de exclusividade. Desde pequenos, adotamos o melhor amigo, o melhor colega e, posteriormente, o primeiro amor, todos com relativa possessão. Compreender esta ação torna-se simples quando assimilamos que somos seres humanos, delimitando o nosso terreno, a configuração da nossa existência, acreditando que desta forma ditamos a nossa realidade de vida. Contudo, não podemos afirmar que esta configuração seja a nossa realidade, uma vez que uma considerável parcela do como nos entendemos está relacionada ao ciclo que a própria vida tem, na sua forma espontânea e inusitada de ser.
Então, a verdade pode ser algo relativo, uma vez que está diretamente relacionada a conceitos por nós pré-estabelecidos, que, muitas vezes são, de forma coercitiva, revistos através das pessoas que encontramos e passamos a conhecer. Desta forma, aquele melhor amigo, o melhor colega e aquele amor podem tornar-se relativos se contextualizados noutra realidade, diferente da pré-estabelecida. Uma nova pessoa sempre traz consigo uma nova mensagem que desperta a nossa curiosidade.
O que algumas vezes torna-se difícil de ser aceito é que precisamos expandir a nossa compreensão e experiência de amor. Desta forma, talvez cessássemos um pouco com tanta racionalização quanto ao que está certo ou errado, compreendendo que por si só o amor, na sua forma saudável de existir, nos ensina o que realmente é viver a vida. Por conseguinte, adentraríamos em outra realidade de vida, mais desafiadora, um tanto mais temerosa e insegura, mas muito mais verdadeira em relação a quem somos e a quem poderemos vir a ser.
Desafiar-se pode ser uma atitude diferenciada e bastante complexa, mas muito sofrida se não nos prontificarmos a rever alguns valores que, de forma acrítica, assimilamos por osmose. A felicidade precisa ser questionada e experimentada por cada um de nós para que consigamos entender quem somos; seja eu, seja você, contanto que, ao final, sejamos nós.
Nada é nosso e não somos de ninguém. Talvez os nossos sentimentos, inclusive os mais ocultos, sejam nossos, mesmo que de forma temporária; ou não.
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