Domício Brasiliense
09/01/2014 | O Eu Camaleão
Diferentes situações provocam diferentes reações.
Somos parte nata e parte inata, isto é, algumas características já estão conosco e outras são adquiridas através das situações que ocorrem no meio em que estamos inseridos. Sendo assim, ao mesmo tempo em que buscamos por libertar-nos das coisas que nos aprisionam, precisamos conviver com algumas que num ou noutro momento se farão presentes.
Cada um de nós possui suas particularidades e com elas tenta ter o maior sucesso possível nas circunstâncias de sua existência. Óbvio que falar neste processo é muito mais fácil do que vivenciá-lo, pois viver a vida com tudo que a compõe não é uma tarefa banal e cada um de nós sabe o que precisou enfrentar em cada uma de suas dificuldades. A palavra chave é esta: enfrentamento. O que precisamos saber é como temos feito nossos enfrentamentos, entendendo que nossa postura muitas vezes é mais importante do que o resultado obtido. Então, acreditar em nós mesmos e lutar com as forças que dispomos, qualifica-nos no que diz respeito a como nos posicionamos diante da vida.
Posicionar-nos pressupõe relativa autoestima e autoconfiança, qualificando-nos como personalidades ativas. Em contrapartida, algumas pessoas não possuem estes atributos e sentem-se fracas e temerosas para lidar com os desafios que surgem, agarrando-se às personalidades ativas a sua volta – estas pessoas apresentam um eu camaleão. Isto quer dizer que, diante da fragilidade que sentem, agarram-se à realidade de uma ou mais pessoas a sua volta. Tal postura pode surgir em alguns casamentos, em que um dos membros aparenta não ter vontade própria, assumindo gostos, posturas e costumes do seu cônjuge. Também se revela entre irmãos, parentes, colegas, amigos, etc. O que se destaca é que, enquanto um se personifica da vida do outro, este se satisfaz através do que tem a oferecer. É travada uma negociação, na maioria das vezes de forma inconsciente, mas o que importa é que cada um assume um papel que precisa ser repensado através das reações que as situações da vida provocam, normalmente denunciadas pelo desconforto, angústia e insatisfação consigo mesmo.
Destaca-se no eu camaleão, a pessoa que tem como hábito assumir identidades e historicidades alheias, como se fossem suas. Acostuma-se tanto a ser partes de outras pessoas que se perde de si mesmo, acreditando numa realidade de vida destoante da sua real missão. Muitas vezes, pode levar por anos esta postura, agregando-se a pessoas que ratifiquem uma autoimagem distorcida.
Contudo, sejamos o eu que formos hoje, o que importa é que precisamos dar início à jornada pela nossa autenticidade, pois assim conseguiremos ter alguma satisfação quando nos olharmos ou pensarmos sobre nós e nossas vidas.
Sejamos bons, sejamos nossas lembranças – parte disto é estar com a vida.
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