Domício Brasiliense
17/03/2015 | Direita ou Esquerda: Qual o Caminho?
O que é direito? Para o canhoto, é o oposto dele. Para o excluído é uma esperança. Para a pessoa teimosa e inflexível é o caminho a ser seguido, pois não aceita as curvas da vida. Também pode estar relacionado a um complexo de leis sociais e o senso de justiça. Mas, como tudo isso acontece dentro de cada um de nós?
Ser de esquerda dá a conotação de ir contra, mas contra o que? Na época da ditadura militar no Brasil, ser de esquerda era ir de encontro a um sistema que coibia o direito ao exercício da cidadania, em contrapartida, hoje, alguns desses esquerdistas são considerados de direita. Da mesma forma, assim também já nos comportamos em relação à virgindade feminina, ao desquite, etc., que ainda respinga em questões como o sexismo, o racismo, as castas sociais, a homofobia e tantas outras questões que ficam confusas nas nossas mentes. Tudo se resume à forma como entendemos as coisas a nossa volta que resultam em certos tipos de atitudes nas nossas inter-relações, denotando, de forma tácita, a dificuldade que temos em fazer uso da empatia e do bom senso.
Para o destro, fazer uso da mão direita é algo instantâneo, normal e sem a necessidade de questionar essa ação; para o canhoto também. Lembram que antigamente os professores obrigavam o canhoto a fazer uso da mão direita? Não estava implícito o conceito do que era normal? Claro que sim. Por analogia, parece que hoje também insistimos num conceito de normalidade assentada em razões não muito claras e que obscurecem o que realmente precisamos refletir e exercitar: o amor e a compaixão.
Achamos que o casamento é uma instituição falida, assim como também achamos que liberdade é fazer bastante sexo, usufruir de pequenos e efêmeros prazeres instantâneos; tudo com ânsia e imediatismo para saciar a nossa ansiedade. Porque achamos é que nos tornamos ansiosos e descrentes em relação a nos mesmos e ao que seja viver a vida. Precisamos começar a Pensar, construindo um novo conceito de Eu para que descubramos a nossa forma de escrever a nossa vida, respeitando o que existe dentro de cada um e acolhendo as suas mais diversas formas de amar e atuar na vida em sociedade.
O que nos falta é este bom senso, o único capaz de ultrapassar o senso comum que vem nos aprisionando através de valores equivocados, gerando ansiedades, angústias, depressões e até suicídios. Chega, não é mesmo? Até que ponto precisamos testar a nossa capacidade de tolerância em relação à infelicidade?
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