Domício Brasiliense
06/03/2015 | O Aborto da Maternidade
O Ser Humano é um desbravador. Tem a pulsão por novos caminhos e novas formas de compreender e viver a vida. Explorar e ressignificar as coisas da nossa existência parece estar implícito no processo de busca pela felicidade.
A sociedade contemporânea caracteriza-se pela globalização. A velocidade da comunicação, os avanços tecnológicos e descobertas na área das ciências nos trouxeram maior qualidade e tempo de vida. Em consequência disso, saímos do genérico para as especializações, aprofundando conhecimentos com bons resultados.
Então, nesses e outros aspectos evoluímos muito. Contudo, o aumento dos transtornos mentais, entre eles a depressão, vem denunciando o nosso estado doentio, o nosso equívoco na forma de viver e na angustiante solidão que sentimos. A mulher saiu de “rainha do lar”, num casamento infeliz e sem prazer sexual, para a vida em sociedade, em busca da sua própria realização e intimidade. Tudo muito pertinente e necessário, contudo estamos arcando com um efeito colateral: os prazeres efêmeros de uma civilização capitalista. Tudo precisa ter prazer satisfação imediata, como se não tivéssemos competência para lidar com as dificuldades que fazem parte da vida.
A descrença no amor, nos relacionamentos e numa família saudável tem nos levado a solidão. Então, estamos sem família, sem amor e sem filhos. A mulher, que já foi “tia” dos filhos dos outros, reconhecida com tal através dos cursos de magistério, libertou-se de muitas amarras, mas está tendo que lidar com a sua própria solidão e o temor de não tornar-se mãe. O homem, usufruindo a outorgada liberdade, relaciona-se sem comprometimento, contexto comprovado através das 5,5 milhões de crianças sem pai registradas no Brasil.
Fugindo do medo da dor e da frustração, homens e mulheres estão sós, uma vez que não conseguem se perceber como pessoas capazes de construir o amor e uma família. Evoluímos muito, mas nos perdemos de nós mesmos e das nossas reais necessidades: boa autoestima e autoimagem, amar e ser amado em relacionamentos em que haja, ao menos um pouco, de compaixão.
Compartilhe
- Dia da Gratidão
- Dia de Santos Reis ou Dia dos Reis Magos
- Dia do Mensageiro
- Dia Mundial do Astrólogo
- Efipania do Senhor