Domício Brasiliense
27/03/2014 | Alienação Emocional: Uma Realidade Atual
Este estado inseguro em que nos encontramos diante das adversidades da vida, aliado à falta de autoconhecimento, tem inibido a expansão da nossa autoconsciência. Então, muitas vezes, nossa autoimagem fica envolta pelo medo de perder coisas e sentimentos.
Nessa confusão emocional, desenvolvemos a racionalidade como um meio de traduzir os desafios da vida e com a expectativa de encontrar um caminho ou uma fórmula que expulse as dores. Tal atitude mental se justifica na nossa própria história de vida, mas também na sociedade em que vivemos. Nesta, o amor, a parceria, a cumplicidade e o respeito perdem para a falsa aparência e a gana por possuir bens materiais.
Então, sem nos dar conta, participamos de uma correria para cumprir normas de uma sociedade capitalista, descobrindo um vazio de boas emoções em nossas vidas. Desta forma, já não acreditamos na família e nos amigos como relações de amor, fazendo com que fiquemos desesperados por reconhecimento daquilo que realmente somos internamente. Mas, será que sabemos quem somos? Em meio a tantas dúvidas e tantas carências, nos apoderamos das pessoas que parecem dar sentido às nossas vidas, como se elas detivessem um espelho capaz de nos refletir, quando, na verdade, cada um de nós deveria ser portador dos meios para a construção da sua autoimagem.
Sucede que, tudo isso se transforma numa onda emocional que afoga esse Eu equivocado e, em meio ao desespero, se agarra em quem acredita possa lhe salvar, apropriando-se dessa pessoa e fazendo com que ela se distancie das pessoas com quem se relaciona, muitas vezes a sua própria família, para que ela não o solte nesse mar repleto de medos. Abrindo mão da busca por uma saudável autoimagem, esse Eu perdido se ocupa de forças para manter a vítima ao seu lado, iludindo-a com pretensas promessas e investidas emocionais.
Mas, a onda vem para todos... E, desta forma, quase todos se afogam no repuxo do passado mal compreendido e da pessoa esquecida que poderíamos ter sido.
Contudo, enquanto estivermos aqui, vivendo esta vida, sempre é tempo de retomada. Podemos tomar um novo fôlego e acreditar que podemos ser nossos próprios salvadores que, unidos a outros fôlegos, possamos nos tornar um grupo em direção a uma realização que acontece no espírito coletivo; um Eu saudável e livre que se encontra com outro Eu.
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