Domício Brasiliense
27/02/2014 | Fracassar: verbo necessário, mas muito temido.
Eu fracasso, tu fracassas e ele fracassa. Conjugação que provoca medo e faz com que nos sintamos aquém em relação à nossa família, amigos e sociedade. Inevitável viver e não experimentar pequenas e grandes frustrações, mas parece que preferimos alimentar a fantasia de uma pessoa simpática, envolvente, amorosa e de sucessos como sendo o sinal de uma vida feliz.
Mas, e é no “mas” que se encontra a porta de entrada para a sabedoria, se não conseguirmos ser esse estereótipo de felicidade, talvez possamos ser mais felizes entendendo a vida de outra forma. Se, e no “se” também há um caminho libertador, a forma como estamos vivendo tem sido frustrante, precisamos começar a ter um outro olhar para quem somos e o que realmente precisamos fazer na vida.
Somando-se o “mas” ao “se”, temos em nossas mãos um novo caminho. Como? Simples assim: se você não está satisfeito com a vida que tem é porque talvez seus objetivos traçados precisem ser reavaliados. Por exemplo: trabalho, estudos, família, amor e lazer têm sido satisfatórios na sua vida? Possivelmente, nossa resposta teria um “mas” como justificativa, o que precisa nos remeter ao porquê de não estarmos satisfeitos com a vida que temos. Para piorar, a maioria de nós fez e faz quase tudo que foi estipulado pelo meio em que crescemos, tornando-nos hábeis em satisfazer expectativas externas em detrimento as nossas reais vontades e necessidades.
Então, “se” não estamos felizes é porque nos sentimos fracassados em relação à vida que temos. “Mas”, no momento em que nos damos conta dessa insatisfação, temos a oportunidade de fazer da frustração um ato de rebeldia em relação ao aprisionamento que sentimos. É necessário que entendamos que precisamos da frustração para o autoconhecimento o que difere, em muito, da quantidade de frustrações que vamos colecionando, fazendo com que acreditemos que somos vítimas nesta vida.
“Se” não estamos felizes, “talvez” precisemos fazer algo para que nos libertemos de um dia a dia sem graça, sem prazer e sem realizações. A vida, esta que temos, é o nosso maior bem e ela não se repete. Compete a cada um de nós, independentemente da vida que teve ou tem, fazer o seu melhor, parando de delegar a culpa por suas frustrações ao pai, a mãe, ao filho, à espiritualidade, ou seja lá o que for. Talvez o leitor esteja pensando: “mas” não é bem assim, tudo é mais complicado. E eu digo: não é fácil, “mas” quem precisa acreditar em você? Você! Liberte-se dessas questões antigas que não tem levado a bons lugares e boas pessoas. No início é preciso uma força de vontade maior, mas, depois que você pegar gosto pelo que estará descobrindo em você mesmo, dificilmente retornará ao cárcere da solidão e tristezas.
“Se”, minhas colocações não estiverem satisfatórias, “talvez” precisemos repensar de outra forma, “mas”, se já suscitou questionamentos é porque algo não esteja bem e precise ser reavaliado. Que façamos uma boa caminhada!
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