Domício Brasiliense
12/07/2013 | Para Onde Estamos Olhando?
Estamos no cárcere dos recursos visuais que dimensionam a estética física e o meio em que vivemos a padrões inatingíveis. Também, nos efeitos tecnológicos e valores equivocados propagados pela mídia televisiva e cinematográfica que nos fazem crer numa outra forma de ser e viver. E, de forma tão ilusória quanto às anteriores, em leis que aparentemente existem para tornar a nossa sociedade mais saudável. Desta forma, perdemos a essência da trama da vida, abrindo mão de sermos plenos como pessoa e cidadão. Quase nunca somos o que desejamos, ao contrário, tornamo-nos seguidores passivos de padrões pré-estabelecidos que nos distanciam do nosso melhor: a nossa essência.
Precisamos ampliar nosso campo de visão, dando menos importância aos ternos e a egos exacerbados e maior atenção ao conteúdo de quem fala e nos representa, trilhando uma nova forma de compreender e interagir com a nossa sociedade. Da mesma forma, não podemos cair nas armadilhas das religiões que nos cegam para o que seja viver a vida. Ao contrário, precisamos entender que religião se refere à religare, assegurando que juntos alcançaremos uma justiça que pressupõe o irmanar-se, contrariando a discriminação, a exclusão e detenção de falsas verdades que nada mais são do que uma ditadura que violenta-nos no nosso direito de ser, viver e conviver.
Mas, será que a vida matou o sonho? Não, é bem pior, nossa sociedade está impossibilitando, pouco a pouco, nossa capacidade de sonhar, impedindo que alcancemos as nossas realizações e nossos ideais. Coibir condições básicas de vida é amputar possibilidades, condicionando-nos a acreditar que um homem feliz e realizado é o que luta dia a dia, sem o merecido reconhecimento. Queremos ser campeões pelas conquistas que dignificam nossas vidas através de uma ética que transcende a ilusão de pequenos benefícios, concessões, auxílios e bolsas do governo. Sonhar é nosso direito e os políticos precisam ser os agentes que fazem com que o poder, tanto executivo, quanto legislativo e judiciário atuem em conformidade com nossos ideais.
Abaixo as gravatas e ternos que envolvem a mentira de pessoas sisudas, rígidas e fechadas; viva a juventude solta, alegre e politizada, revestida de esperança e idealismo. Estamos cansados de pensar e arbitrar baseados na aparência e em relação aos porquês do governo e suas oposições. O que desejamos é um recomeço que represente a possibilidade de felicidade, assentada no exercício da fraternidade.
Lutar para ter condições de saúde, educação e trabalho digno é visto como um grande problema, como se acreditar, lutar, sonhar e desejarmos ser felizes fosse uma loucura, quando, na verdade é a falta de sonho que nos adoece.
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