Domício Brasiliense
26/07/2013 | Nosso Momento Psicopolítico: Descrença
Enquanto o nosso consciente se esforça para manter uma vida adequada e equilibrada, nosso inconsciente está esmorecendo em meio a tudo o que vê e, de uma ou outra forma, é partícipe.
A nossa volta, a descrença no casamento e, por conseguinte, na família como grupo harmônico, digno à formação de futuros adultos saudáveis que possuam boa pré-disposição para os desafios da vida. Com isto, fica comprometida a crença no amor, pois ele é descoberto através das nossas primordiais imagens, seja no tipo de família que for, contanto que seja um amor de qualidade e que liberte.
O sexo está confuso: ora é liberdade, ora é falta de prazer. Nunca se falou tanto em pouca libido, ejaculação precoce e dificuldades de orgasmo. Ao contrário, a ideia contemporânea é a assexualidade, isto é, a crença de que o homem não precisa de sexo e tudo o que ele significa, portanto a falta de prazer. Então, ficamos confusos no meio disso tudo, perdidos com as nossas dúvidas, carências e idealizações sexuais.
A amizade, praticamente reduzida às mídias sociais, está perdendo o contato físico e real em defesa de uma autoimagem criada através da internet e mensagens via celular, onde uma falsa idealização toma lugar do verdadeiro eu. E, o resultado é o conflito: quem sou eu? Desta forma, ficamos carentes pela idealização que criamos, descobrindo que não somos nem a imagem que criamos e nem o que falamos, mas tudo isto junto acrescido de tudo que ainda está oculto em nós.
Nosso futuro é sem esperança pelo estado arruinado em que nos encontramos. Confusos, perdemos a noção da causa, culpando-nos por tudo aquilo em que não obtemos sucesso e, por conseguinte, gerando insatisfação e frustração com a vida. A sensação é de um náufrago que esqueceu seus sonhos e some nesse todo doentio. Então, o eu não é tão importante quanto à imagem que falsamente criamos para nós mesmos e os outros. É justamente nisto que perdemos o sorriso, a espontaneidade, o ímpeto e a força necessária que proporcionariam uma vida saudável a um eu esquecido pela sociedade e nós mesmos.
Precisamos ter nossas necessidades fundamentais, orgânicas e afetivas preenchidas, mas também é imprescindível que cesse a corrupção, os roubos e o equívoco ideológico por parte daqueles que deveriam lutar pelo nosso bem estar. Urge que tenhamos uma vida digna e saudável para que descubramos um eu mais livre e feliz.
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