Domício Brasiliense


12/04/2017 | Medicações e as Nossas Vidas

Muitos têm relacionado a necessidade de medicação à baixo autoestima ou alterações de comportamento que a pessoa vem apresentando. Contudo, parece que carecemos de uma visão mais abrangente no que diz respeito às suas causas.

Temos consciência de que vivemos uma vida corrida, envolta num imediatismo cada vez mais acentuado, onde a tecnologia está repleta de mensagens e respostas, exigindo de nós uma busca desenfreada por dinheiro. Nessa doideira, sem dar-nos conta, nos perdemos de nós mesmos, abrindo mão das nossas reais necessidades, tanto materiais quanto emocionais.

Para piorar, buscamos medicações que anestesiem os sintomas desse desequilíbrio, numa tentativa de inibi-los, portanto fazendo com que nos adaptemos às expectativas alheias ou para que tenhamos mais fôlego para a corrida do dia a dia. Então, num vazio angustiante arranjamos subterfúgios para que finjam que o buraco foi tapado e, desta forma, vamos também fingindo que ele não existe mais. Assim, o desconforto aumenta, a angústia se instala e a depressão tem condições de ser acolhida. Colocando a “cereja no bolo”, assimilamos a ideia de que somos incompetentes para as coisas da vida, nos percebendo como inaptos para as necessidades que a vida nos traz.

Hiperativos e deprimidos, é nisto que estamos reduzidos? A previsão é de que a depressão será a doença que ocupará um dos primeiros lugares no ranking, no mundo. Então, por dedução, existem milhares de pessoas no planeta sem condições mínimas para a vida em sociedade. De outra forma, essas pessoas excluídas do meio social, servirão para sustentar o mundo farmacêutico que comunga dessa ideologia de pessoa doente. Concomitantemente, essa mesma ideologia contagia os especialistas em saúde mental que passam a acreditar na medicação como a única solução para os problemas da pessoa.

Precisamos de uma visão holística de pessoa, conjecturando sobre tudo o que a circunda. Somos muito mais que um sintoma de hiperatividade, desatenção ou depressão. Somos um indivíduo que possui uma história própria de vida, com necessidades e anseios específicos, como também únicos na forma de perceber e sentir as coisas da vida. Não há como enquadrar a nossa maior virtude: a diversidade biopsicoemocional. Esta tem sido a nossa maior carência: a de sermos vistos como realmente somos, muito além de um quadro sintomático.  

Nossa atenção precisa estar focada em quem realmente somos e quais as nossas necessidades para que tenhamos satisfações e possamos alcançar realizações. O meio para que possamos chegar numa vida satisfatória é que desenvolvamos o nosso próprio “medidor” que acuse o equilíbrio individual entre a quantidade de esforço que precisamos desempenhar para que tenhamos prazer. Afinal, que sentido tem a nossa existência sem podermos usufruir do prazer de viver?


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