Roberto Henry Ebelt
12/10/2012 | Verbo TO DO – uma complicação em inglês.
Eu sempre digo que inglês, para um brasileiro, é mais fácil de aprender do que português para um sujeito que fala inglês. Porém existem situações para as quais essa afirmação não vale. O verbo TO DO, tanto como verbo auxiliar (DO, DOES, DID) ou como verbo principal (TO DO, DID, DONE) é um desses casos que merecem atenção. Comecemos com o DO como auxiliar. Ele só aparece como auxiliar em dois tempos verbais: PRESENT TENSE e PAST TENSE. E apenas nas formas negativas e interrogativas.
Exemplos no Present:
1. Affirmative: I live in Porto Alegre. (Não foi utilizado)
2. Negative: I do not live in Porto Alegre or I don't live in Porto Alegre
3. Interrogative: Do you live in Porto Alegre?
4. Interrogative: Don't you live in Porto Alegre?
Exemplos na 3ª pessoa do singular do Present:
1. Affirmative: She lives in Porto Alegre. (Não foi utilizado).
2. Negative: She does not live in Porto Alegre, or she doesn't live in Porto Alegre.
3. Interrogative: Does she live in Porto Alegre?
4. Interrogative: Doesn't she live in Porto Alegre?
Exemplos no Past Tense:
1. Affirmative: She lived in Porto Alegre for many years. (Não foi utilizado).
2. Negative: She did not (didn't) live in Porto Alegre for many years.
3. Interrogative: Did she live in Porto Alegre for many years?
4. Interrogative: Didn't she live in Porto Alegre for many years?
Em princípio, sempre que tivermos que usar um verbo no presente ou no passado é necessário usar o verbo auxiliar DO (e suas variações DOES e DID) para fazer perguntas ou negações.
Existem exceções? Sim, existem exceções, mas elas se restringem a apenas treze verbos anômalos (auxiliary modal verbs) e não vamos discutir exceções quando o objetivo é esclarecer a regra. Por sinal, português é um idioma difícil de escrever, pois no momento em que é a regra nos é apresentada, somos forçados a aprender uma grande quantidade de exceções. O que acontece? Quem está aprendendo fica confuso pois não consegue distinguir o que é mais importante, a regra ou as exceções. Como o Brasil é o país que possui o maior número de falantes da língua portuguesa, os "nossas" brasilianas excelências deveriam, de uma vez por todas, esquecer o português falado em Macau (será que ainda falam?), em Portugal, Mozambique, Angola, Cape Verde, Guinea-Bissau, and São Tomé and Príncipe.
Obs.: Mantive a grafia inglesa dos países acima para conservar o link disponível para quem quiser acessar mais informação na Wikipedia.
Nossas "excelências" e nossos presidentes precisam se dar conta da importância do idioma cada vez mais conhecido como português brasileiro. O que é que nos interessa a grafia de uma palavra portuguesa em São Tomé e Príncipe ou em Cabo Verde? Ou em Guiné Bissao? O que é que temos que ver com esse pessoal? E mesmo Portugal, o que é que nos interessa seguir regras estabelecidas para agradar um país cuja única significância foi ter colonizado o Brasil?
É impressionante como nossas "excelências" são desligadas. Também é impressionante com elas se metem de pato a ganso, legislando sobre o que não tem a mínima noção. Temos que dar um basta nessa situação ridícula. Em minha insignificante existência já passei por três reformas ortográficas. Pode? No Brasil pode. Um país que não respeita nem mesmo o seu nome original (BRAZIL) e o troca ( no primeiro decênio do século 20) para agradar Portugal não merece respeito, pois não se dá o respeito.
Voltando à língua inglesa, repito pela enésima vez que explicações teóricas servem para artigos oi manuais de gramática cujo propósito é esclarecer a regra para quem já a conhece, pois ninguém aprende um idioma estrangeiro memorizando regras gramaticais cheias de exceções.
Last but not least (em último ligar, mas não menos importante) conclamo os que me lêem a lembrar do dia do professor, 15 de outubro. E aos professores, meus votos de muito sucesso e jogo de corpo para sobreviver com os salários brasileiros.
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