Roberto Henry Ebelt
04/10/2013 | To learn by heart.
Ao contrário do aprendizado de matemática, quando aprendemos inglês (ou qualquer outro idioma estrangeiro) é importantíssimo memorizar (frases corretas) e não se preocupar com as regras que fazem com que expressemos determinada ideia de um jeito e não de outro. Tal preocupação é importante apenas para professores e para alunos que já são fluentes. Um dos primeiros conselhos que dou a quem vai aprender inglês (ou qualquer outra língua) é evitar, a todo o custo, fazer perguntas que comecem com o interrogativo POR QUE?
Esse tipo de pergunta desperta no professor a vontade de explicar a regra que se aplica ao caso. Porém, o tempo gasto na explicação da regra seria mil vezes mais bem aproveitado se fosse utilizado para repetir a forma correta diversas vezes. A forma (correta) memorizada, através de muitas repetições, é muitíssimo mais fácil de ser memorizada do que a regra gramatical que se aplica ao caso. Uma frase é algo prático; a regra é algo teórico, e quando se trata de aprender um idioma, é muitíssimo mais útil trabalhar com algo prático do que algo teórico. Pode parecer estranho, mas só vale o esforço de aprender uma regra depois de saber usá-la.
Importante: até agora, o método da mãe natureza para que uma pessoa aprenda um idioma não foi superado. Aprender com aulas não presenciais, à distância, por telefone, por computador, aulas por teleconferência são métodos que ainda precisam mostrar resultados mais convincentes. Nada supera o contato interpessoal que existe entre mãe (ou pai) e filho ou entre mestre e discípulo. E nesse contato, gramática não entra. Entre professor e aluno, imagina-se que o aluno já domine seu idioma nativo. O fato de já dominar um sistema de comunicação, torna o aprendizado de um segundo sistema muito mais fácil, principalmente quando as culturas que sustentam os idiomas são semelhantes, como ocorre com português em relação ao inglês. O aprendizado de gramática sempre deve ser posterior ao desenvolvimento da capacidade de comunicação oral. A principal razão do ensino de idiomas no ensino médio não produzir bons resultados é a grande ênfase dada ao ensino de gramática.
A tradução literal do título desse artigo - TO LEARN BY HEART – é APRENDER PELO CORAÇÃO. A tradução literária (à qual devemos dar preferência) é APRENDER DE COR, isto é, aprender com o coração - a palavra cor [kór] vem do latim COR, CORDIS. Ao aprender um idioma estrangeiro, para você ter sucesso é necessário que você se dedique de coração, memorizando todas as frases com as quais você tiver contato. Se não memorizar, o mais provável é que você esqueça o que ouviu. Regras gramaticais são para depois de você atingir uma razoável fluência. E isso vale especificamente para um brasileiro que está aprendendo inglês, pois a gramática inglesa é muito mais simples do que a portuguesa.
A importância de poder se comunicar em inglês aumenta a cada dia que passa. O próximo passo, pelo que tenho sentido, será os pais brasileiros investirem em ensino fundamental e médio em inglês. E, quando isso não for possível, devido ao custo muito elevado das mensalidades dessas raras escolas, invistam, imediatamente, em um curso de inglês para seus filhos. Aprender inglês não é algo que se possa deixar para o futuro. É agora. Nunca os ensinamentos de Alvin Toffler, autor do livro FUTURE SHOCK - O CHOQUE DO FUTURO, estiveram tão corretos e apropriados quanto agora: "quem não se comunicar bem em inglês, no século 21, não passará de um analfabeto funcional".
Alvin Toffler em 2006
Definitivamente, ele estava certo quando escreveu isso, em 1970.
Have an excellent weekend.
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