Roberto Henry Ebelt
19/07/2013 | Learning how to learn (part 2) & WI TO LO.
Na semana passada falávamos da importância de seguir os primeiros passos naturais do aprendizado do idioma nativo quando enfrentamos a tarefa de aprender inglês (ou qualquer idioma estrangeiro): (1) ouvir, (2) repetir, (3) errar e (4) ser corrigido. Pessoas com grande sensibilidade auditiva podem pular o terceiro passo, e, então, os passos serão: ouvir, repetir, acertar e aprender.
Neste processo, quando o que se aprende é um outro idioma, o aprendizado de regras gramaticais não deveria ocorrer explicitamente. É claro que, de maneira implícita, tal aprendizado ocorre, pois o ser humano sempre tenta chegar a uma conclusão após aprender algo, e a tendência é comparar a novidade em inglês com o seu equivalente em português. A tendência para fazer analogias é inevitável.
No que diz respeito ao aprendizado de um segundo idioma, o aluno poderá ou não chegar a uma conclusão correta. Isso o professor irá detectar imediatamente e, se a conclusão a qual o aluno chegou estiver errada, ela poderá ser facilmente corrigida. Daí a importância do aluno usar todas as oportunidades que tiver, durante suas aulas, para se expressar em inglês. Falar com professor em português é um desperdício imperdoável da oportunidade de praticar o que o aluno já sabe.
Nesta prática ele poderá acertar (é o que se espera) ou errar, e então ele terá a oportunidade de ser corrigido. O professor atento evitará, sempre que notar que um erro está prestes a ser cometido pelo aluno, que ele produza frases erradas. Como? Adiantando-se ao erro e fornecendo a forma correta antes que uma forma errada qualquer seja produzida pelo aluno.
Como é que o professor vai adivinhar que o aluno está prestes a produzir um erro?
Visto que o aluno brasileiro que está aprendendo inglês tem uma forte tendência de seguir as regras do português, imaginar o que se passa na cabeça do aluno não é uma tarefa difícil para um professor de inglês que fala muito bem a língua portuguesa. Daí a importância de escolher um professor de inglês cujo idioma nativo seja o português: o professor conhece os padrões de raciocínio de seu aluno.
É claro que se um eventual aluno fluente em inglês desejar ter aulas apenas para melhorar o que já sabe ou apenas para praticar a fim de não "enferrujar" as suas capacidades, um professor que seja um falante nativo de inglês é uma boa pedida. O problema é que professores americanos, ingleses, canadenses, australianos de inglês para estrangeiros são raríssimos no Brasil. Repito o que já disse incontáveis vezes: em mais de quarenta anos de atividades nesta área jamais conheci algum. O que temos por aqui são native speakers of English que, não tendo outra coisa para fazer, acham que estão capacitados a desempenhar o papel de professor de inglês só porque falam o idioma. Esse raciocínio é falso, pois o fato de você falar português não o transforma automaticamente em um professor de português.
Para terminar, vejam este rápido vídeo de um programa de notícias de uma emissora de TV americana, da área de San Francisco (KTVU), exibido pouco depois do triste acidente aéreo da Asiana Airlines. Como poderão notar, os estranhos (para nós) sons da língua coreana foram usados por um gaiato para fazer piada sobre algo tão triste.
O vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XmvJZYWwOBA
O suposto nome do comandante: SAM TING WONG (SOMETHING IS WRONG = algo está errado)
Os (supostos) nomes dos outros pilotos presentes na aeronave:
WI TO LO - (WE'RE TOO LOW = estamos voando baixo demais)
HO LEE FUK (HOLY FUCK = putz grila). O substantivo FUCK é uma palavra chula para se referir a uma relação sexual. (a tradução literal seria Santa Relação Sexual!).
BANG DING OW (esta piada eu ainda não decifrei, mas alguém já interpretou como "estamos caindo").
O verbo TO BANG significa: to beat, to strike; to make constant noise; to cut hair shorter exposing more of the forehead; (Aggressive Slang) to engage in sexual intercourse, to couple.
O verbo TO DING significa: to ring, to make a ringing noise.
OW: interjeição para expressar dor, o mesmo que OUCH. Em português "ai".
Outra interpretação é: Batemos. Ai!!!
Outros ainda interpretam como sendo os sons do acidente (acho que é a melhor opção).
Acidente da TAM de 2007: quando eu viajava regularmente para a Califórnia, no século passado, em todos os cantos do aeroporto internacional de Los Angeles havia balcões de empresas de seguros que ofereciam um seguro contra acidentes para o voo que você ia utilizar. Na época, um seguro com cobertura de 100.000 dólares para um voo de até 10.000 milhas (16.000 km) custava menos de 10 dólares.
Excelente negócio para a seguradora, pois os acidentes aéreos são raríssimos.
Excelente negócio para o passageiro, pois sua família não ficaria, em caso de acidente, na dependência da TAM lhe oferecer um troquinho (a trifle) como indenização pela morte de um ente querido que pode muito bem ser o sustentáculo financeiro de uma família.
Fica a sugestão: BUY A LIFE INSURANCE FOR YOUR FLIGHTS, YOUR BROKER WILL CERTAINLY BE GLAD TO HELP YOU.
Have an excellent weekend
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