Roberto Henry Ebelt
30/10/2015 | Dois problemas que enfrentamos em inglês.
E ao falar em qualquer idioma estrangeiro, também.
Quando falamos português, nós nos preocupamos apenas com o que vamos dizer. Não nos preocupamos como vamos nos expressar.
Quando nos expressamos em inglês, enfrentamos dois problemas: Primeiro O QUE VAMOS DIZER. Depois COMO vamos dizer o que temos em mente.
Podemos classificar esses problemas como CONTEÚDO e FORMA. Em português ocupamo-nos apenas com o conteúdo. Em inglês, precisamos nos ocupar com a forma, também. Isso é o que nos dá a nítida impressão de que o nosso idioma nativo sempre será muito mais fácil de falar do que um idioma estrangeiro.
E aqui ocorre um fenômeno interessante. O método natural de aprender uma língua estrangeira (o que coloca toda a ênfase na prática oral, como as crianças fazem quando estão aprendendo a falar) foi, durante séculos, totalmente desprezado. Chegamos à metade do século vinte sem entender a razão da dificuldade que era aprender um segundo idioma. A razão era a utilização de métodos que colocavam toda a ênfase sobre o ensino de gramática, literatura e explicações teóricas. Os resultados eram péssimos.
Por ocasião da tomada do Japão pelos americanos, os linguistas, que há muito resistiam às facilidades dos métodos modernos, finalmente se renderam às evidências e começaram a escrever cursos mais eficientes. Isso no hemisfério norte, pois aqui no Brasil, até hoje, o ensino de idiomas estrangeiros, no ensino médio, segue os padrões do século 19, algo que não é responsabilidade dos professores. Os métodos modernos pressupõem grupos pequenos de, no máximo, 10 alunos. Eles não funcionam com grupos maiores, especialmente quando o professor tem que trabalhar com 20 ou mais alunos em um grupo.
Sobram os cursos particulares de idiomas. E mesmo alguns destes ainda insistem em “metodologias” do tempo do Império, além de admitir mais de 10 alunos em um grupo. De qualquer maneira, a maioria dos professores se esforça para usar a metodologia mais moderna possível, mesmo sob condições adversas.
Para mais de 10 alunos, o máximo que um professor de inglês pode ensinar é gramática e um pouco de vocabulário. O problema é que isso não leva a lugar nenhum, ou melhor, leva o aluno a não entender nada e a ficar com uma profunda aversão ao idioma que deveria estar aprendendo.
Melhor do que uma aula com método ultrapassado seria passar um filme falado em inglês, sem legendas em português, pois, pelo menos, o aluno se divertiria e se acostumaria com os sons da língua inglesa.
Como qualquer professor de inglês (ou qualquer idioma estrangeiro) sabe que não devemos desperdiçar tempo com explicações teóricas, existe uma forte tendência para deixar de lado explicações de como enfrentar os problemas relacionados ao aprendizado.
Saber como enfrentar um problema já representa quase a metade do trabalho a ser realizado.
Depois de mais de 40 anos trabalhando nesta área, eu escrevi o que denominei informalmente de "o manual do aluno de inglês". O nome do livro é O QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE ESTUDAR INGLÊS.
Se você está estudando ou vai estudar inglês, para tirar o máximo proveito de seu curso, aconselho-o a ler esse livro. São apenas 170 páginas, mas são páginas que propiciam uma excelente orientação ao aluno.
Se você tiver dúvidas sobre este assunto, envie-me um e-mail.
Have an excelente weekend.
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