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Roberto Henry Ebelt

Maravilhosa invenção há muito tempo esquecida, o PRIMUS STOVE simplificou muito a nossa vida.

Agora, época em que podemos cozinhar uma refeição e esquentar água ao toque de um botão no forno de micro-ondas, é difícil imaginar que, no início do maravilhoso século XX, tarefas tão simples como fazer um café consumiam quase uma hora entre juntar lenha, selecionar um pedaço de casca de laranja seca, iniciar um fogo em um fogão a lenha, esquentar a chapa, colocar uma chaleira de água para aquecer sobre a chapa quente, esperar uns 15 minutos para a água ferver e só então passar o café.

Todo esse ritual começou a ser mudado quando, em 1892, um sueco, teve a brilhante ideia de inverter a posição de um maçarico da horizontal para a vertical e assim produzir uma fonte de calor intenso, sem produção de fuligem para aquecer uma panela ou chaleira.

Como nasci em 1943, o fogareiro Primus fez parte de minha infância em Pelotas, onde os fogões eram todos à lenha, geralmente da famosa marca Geral, cuja fábrica durante muitos anos, os produziu na vizinha cidade de Guaíba.

Do Primus, eu lembro que era indispensável dispor de querosene, como combustível, e de uma agulha presa a uma haste de metal com a qual era feita a limpeza do vaporizador do querosene (vide letra E no desenho abaixo).

Illustration of Burner Assembly.

A: Rising tube (from fuel tank);
B: Ascending tube;
C: Burner head;
D: Descending tube;
E: Vapor nozzle.

The ascending tubes and descending tubes are at right angles to one another.

Água em ponto de fervura, pronta para passar um café em 10 minutos, subitamente tornou-se algo viável, a partir dos primeiros anos do século XX. E não só isso: as expedições aos polos do planeta, até então inviáveis devido a incapacidade dos exploradores de preparar sua alimentação nas regiões dos círculos polares, logo tornou-se possível. Leia mais em https://en.wikipedia.org/wiki/Primus_stove:

The Primus stove, the first pressurized-burner kerosene (paraffin) stove, was developed in 1892 by Frans Wilhelm Lindqvist, a factory mechanic in Stockholm. The stove was based on the design of the hand-held blowtorch; Lindqvist’s patent covered the burner, which was turned upward on the stove instead of outward as on the blowtorch. The same year, Lindqvist partnered with Johan Viktor Svenson and established J.V. Svenson’s Kerosene Stove Factory for manufacturing the new stoves which were sold under the name Primus. The first model was the No.1 stove, which was quickly followed by a number of similarly-designed stoves of different models and sizes. Shortly thereafter, B.A. Hjorth & Co. (later Bahco), a tool and engineering firm begun in Stockholm in 1889, acquired the exclusive rights to sell the Primus stove.

The efficient Primus stove quickly earned a reputation as a reliable and durable stove in everyday use, and it performed especially well under adverse conditions: it was the stove of choice for Fridtjof Nansen's North Pole attempt, Roald Amundsen's South Pole expedition, and Richard Byrd’s North Pole expedition. Primus stoves also accompanied George Mallory's ill-fated expedition to Mount Everest in 1924, as well as Tenzing and Hillary's successful one in 1953. While many other companies also made portable stoves of a similar design to the Primus, this style is often generically referred to as a “Primus” stove, regardless of the manufacturer.

Apreciaria muito se nossa querida Mafalda Orlandini pudesse nos brindar com suas lembranças sobre este notável instrumento.

HAVE AN EXCELLENT WEEKEND.