Roberto Henry Ebelt
22/06/2018 | Point of no return.
Se você tem lido os nossos artigos e está estudando inglês, deve estar se perguntando se já atingiu o ponto de não retorno. Para quem não está lembrado, o POINT OF NO RETURN define aquele ponto em que o aluno já tem conhecimentos suficientes do idioma para continuar aprendendo sozinho, sem o auxílio de um professor.
O aprendizado de um idioma, seja ele o nosso nativo ou um estrangeiro, é um NEVER ENDING PROCESS. Entender esse fato ajuda muito a aliviar a tensão. Um dos meus professores favoritos do então chamado ginásio, o professor Alcino Ferreira de Mello, no Colégio Sinodal, em São Leopoldo, nos ensinava que o aprendizado de um idioma acontecia de uma maneira muito sutil, sem o aluno perceber. Se depois de uma aula, alguém nos perguntar: então, o que você aprendeu hoje? A resposta provavelmente seria NADA. Mas ao cabo de algumas dezenas de aulas, você começa a se dar conta de que já pode se expressar sobre várias situações na língua que está aprendendo.
Eu ouvi esta frase quando estava na terceira série do Ginásio (1957). Estava estudando francês desde 1955. E, quando a minha atenção foi chamada para esse fato, eu notei que já sabia expressar centenas de pensamentos em francês. E olha que o ano era 1957. Os métodos modernos, que usamos atualmente, simplesmente não existiam. Ainda mais para ensinar francês, em uma época em que o inglês rapidamente se tornava o idioma mais importante do mundo.
Os métodos baseados em linguística recém estavam começando a interessar às editoras. E, ainda assim, todo o interesse estava voltado para o inglês por razões militares: os americanos, administrando o Japão, tinham que aprender alguma coisa de japonês e os administradores japoneses precisavam se comunicar com eles. Grande atenção foi dada a produção de métodos para ensinar inglês, mesmo porque os vencedores ditam as regras e o inglês é infinitamente mais fácil de aprender pelos japoneses do que o japonês pelos americanos. O francês foi perdendo a sua importância, embora mantendo sua beleza e poesia que nos encanta até hoje. O idioma alemão, por outro lado, no leste europeu, tinha, antes da loucura nazista, o status que o inglês tem atualmente, mas, mais uma vez, o idioma dos vencedores se impôs.
Em 1957, aos 13 anos, eu estava no terceiro ano do Ginásio e já estava estudando francês há três anos. Em inglês, eu estava cursando o segundo ano e, em latim, eu estava enfrentando o Ludus Tertius. Notem que o inglês era menos importante que latim e francês. E o nosso amado professor Mello nos aconselhava a não ficar ansiosos, pois quando menos esperássemos, estaríamos capacitados a falar inglês e francês. Assim sendo, a mensagem de hoje é a seguinte: SLOW AND STEADY WINS THE RACE - devagar se vai ao longe (desde que você tenha um bom mestre e use um método consistente com os avanços da linguística).
Outra coisa que não posso deixar de mencionar: Se você é adulto e precisa aprender inglês, faça um curso individual. Cursos em grupos são para crianças e adolescentes. Depois dos 18 anos, o negócio é ter aulas individuais. Custam mais, mas produzem resultados mais rápidos e o que pode inicialmente parecer caro, no fim das contas, custa menos.
Para encerrar, o POINT OF NO RETURN ocorre quando o aluno domina um vocabulário semelhante ao que uma criança tem quando está final do ensino fundamental e consegue se comunicar com frases afirmativas, negativas e fazer perguntas no presente, passado e futuro.
Have an excelente weekend.
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